Integração entre rede de trilhos e ônibus municipais de São Paulo custará R$ 8,20

Novo valor entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024. Bilhete unitário de trens e metrô passará a custar R$ 5,00. Ônibus municipais da capital não terão reajustes.
Avaliação da CPTM chegou em 81% (Jean Carlos)
Avaliação da CPTM chegou em 81% (Jean Carlos)

Com o aumento anunciado das tarifas da rede metroferroviária de São Paulo de R$ 4,40 para R$ 5,00 a partir de 1º de janeiro de 2024, a integração do Bilhete Único com os ônibus municipais passará dos atuais R$ 7,65 para R$ 8,20 na mesma data, um aumento de 7,2%.

Em anos recentes em que houve reajuste da tarifa de transporte, a prefeitura de São Paulo e o governo do estado reajustavam as passagens dos ônibus municipais e de trens para o mesmo valor, o que não acontecerá em 2024 onde as tarifas permanecerão no valor de R$ 4,40.

O valor de R$ 4,40, tanto nos trilhos quanto nos ônibus municipais, é mantida desde janeiro de 2020.

O fim da paridade ocorre em meio às vésperas da eleição municipal, marcada para outubro de 2024 em que o atual prefeito, Ricardo Nunes, concorre à reeleição – ele assumiu o cargo após a morte precoce de Bruno Covas.

Nunes tem estudado a ideia de tornar o transporte de ônibus na capital gratuito e para isso lançará uma experiência a partir deste domingo, com catraca livre no sistema operado pela SPTrans.

Tarifa de ônibus deve permanecer em R$ 4,40 em São Paulo (Jean Carlos)

A medida vai na contramão dos planos do governador Tarcísio de Freitas, que alegou que mesmo como o aumento na tarifa de trens e metrôs ainda terá de cobrir um déficit de R$ 2 bilhões para as operadoras.

Os reflexos de uma possível adoção de tarifa gratuita nos ônibus enquantro o sistema sobre trilhos permanece sendo pago são preocupantes.

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De um lado pode ocorrer superlotação nos ônibus, tornando as viagens insuportáveis, além de congestionamentos já que o sistema não é desenhado para grandes demandas. Por outro, o esvaziamento dos trens irá reduzir a receita e, consequentemente, onerar o estado, já que será preciso bancar a redução no número de passageiros que utilizam as linhas concedidas.

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