Investimento no pátio Brás da CPTM é retirado de obrigações da ViaMobilidade

Concessionária deveria construir instalações para substituir área assumida por ela. Valor de R$ 31 milhões deverá ser usado em projeto de sinalização ETCS
Área do Pátio Brás, da CPTM
Área do Pátio Brás, da CPTM (Jean Carlos)

O governo do estado, por meio do Colegiado de Membros da CMCP (Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões), suprimiu o Empreendimento 49 do contrato de concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, assinado com a ViaMobilidade.

Na prática isso significa que a concessionária não terá mais a obrigação de construir um edifício administrativo e um estacionamento fechado no Pátio Brás, da CPTM.

A obra era uma das condições assumidas pela empresa para ocupar o Pátio Presidente Altino, em Osasco. O local era usado pela companhia de trens metropolitanos para várias atividades de manutenção.

Pátio Presidente Altino, em Osasco
Pátio Presidente Altino, em Osasco (iTechdrones)

Como o governo Tarcísio de Freitas pretende conceder todas as linhas de trens metropolitanos operadas pela CPTM, os investimentos necessários deverão ser incluídos nos contratos futuros com a iniciativa privada.

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Por conta da retirada do item, a ViaMobilidade teria de ressarcir o poder público em quase R$ 31 milhões, porém, como já havia feito com outros três investimentos suprimidos, a gestão atual irá realocar esse valores em um novo projeto.

Trata-se da implantação do sistema ETCS (European Train Control System ou Sistema de Controle de Trens Europeu), uma tecnologia que permitirá reduzir os intervalos entre os trens e também que eles possam operar em trechos de outras concessões.

O ETCS é um sistema aberto, ou seja, não é propriedade de um fabricante apenas, uma dificuldade que afeta o sistema CBTC, por exemplo.

A ideia é que a ViaMobilidade assine um novo aditivo com valor em torno de R$ 1 bilhão para usar os recursos suprimidos para otimizar o serviço nas linhas 8 e 9.

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11 comments
  1. Assim, não seria interessante criar uma matéria falando a diferença as vantagens e desvantagens da Via Mobilidade ter adotado o ETCs como sistema de controle de tráfego ao invés do CBTC que é um sistema projetado para contexto urbano?

  2. Muita mamata pra CCR, só quer saber de sugar recursos do estado sem gastar 1 real, e ainda por cima prestar um péssimo serviço.

    Por isso todas as linhas DEVEM ser estatais, Metrô e CPTM prestam um serviço de excelência recebendo bem menos.

      1. Você acredita que eles vão pagar?
        No final, se o sistema sair do papel, o governo vai bancar 80% e a pobre concessionária paga o resto ainda financiado pelo BNDES.
        A única obrigação das concessionárias com esse governo é ganhar dinheiro.

  3. Isso aí já era esperado que ia acontecer.
    É mais ou menos assim: você aluga um carro e precisa devolver ele inteiro, senão toma multa. Aí você o devolve batido e o valor que você deveria tomar de multa, você reverte para limpeza e abastecimento de combustível. Só que a limpeza e o tanque cheio já faziam -parte da obrigação contratual de locação.
    Perceberam a jogada?
    A Rumo / ALL fez mesma coisa: tomou multa por abandonar trechos sob sua concessão, e a multa foi revertida em modernização do trecho que ela opera. Ou seja, os trechos abandonados continuaram abandonados, e o trecho ativo “recebeu investimentos” que já iam receber de qualquer forma.

  4. Depois daquele grande fracasso que foi a concessão da Linha 7-Rubi, mas que foi alardeado e feita após maciça publicidade rasteira enganosa que foi um grande sucesso, pois para a atual gestão, os fins justificam os meios, a prioridade são as concessões atabalhoadas por empresas inexperientes, diferentes e totalmente despreparadas na mesma região, RUMO, MRV, CCR, CRRC… com projetos ultrapassados e mal elaborados como foi daquele obsoleto TIC para Campinas, para tanto se utilizaram de uma empresa de seguros (e não de projetos) do grupo TÜV Rheinland para iludir e manipular a população!

    Este atual governador deixará o Estado em péssima situação financeira e ainda segundo o portal “Metrópoles”, na liderança ascendente como maior devedor está São Paulo, com cerca de R$ 280,8 bilhões, que corresponde a 1/3 das dívidas totais estaduais com União, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 160 bilhões, Minas Gerais, R$ 147,9 bilhões, e Rio Grande do Sul, R$ 95,2 bilhões.

    Lembrando que a arrecadação paulista corresponde a 1/3 do total da União.

    Os dados foram fornecidos pelo Ministério da Fazenda, via Lei de Acesso à Informação (LAI).
    Esta já é a verdadeira situação financeira presente e não futura, quando deixar o cargo!

    1. Incrível como hoje às pessoas criam sua própria realidade alternativa e acreditam nisso, procure ajuda profissional e fique bem.

      1. Acho que deverias estudar mais um pouco, mas a mim Tarcísio nunca enganou, pois sua biografia durante a campanha foram omitidos levianamente, e ele está apenas cumprido suas promessas não para seus eleitores obviamente, mas sim para os empresários que às bancaram, inclusive os do ABC, preparando um financiamento para as próximas eleições em um trampolim, as concessões e privatizações do sistema trarão consequências econômicas gravíssimas para a cidade atualmente, certos políticos matreiros usam de falácias ilusórias repetitivas para iludir a população carente com promessas eleitoreiras inexequíveis, gastando milhões em publicidades enganosas desviando o foco contratual de suas finalidades em sites e Revistas especializadas, Rádios, TV’s, e até construindo creches e escolas e ajudando ONG’s no interior de São Paulo sem relação alguma com a mobilidade, iludindo a população, e pagando dividendos aos acionistas tudo bancados pelo Estado cuja dívida atual é de R$ 280,8 bilhões!

        Onde está este tal “Estado Eficiente” propagado pelos seus seguidores!?

  5. Ue e as MULTAS?

    As Multas cobradas da Via Imoralidade não serão pagas com a desculpa que viraram investimento em ETCS. Agora investimento em patio virou ETCS. Daqui a pouco vou por minhas multas do detram em ETCS….

  6. O investimento em um novo pátio fora da área da concessionária nunca foi justificado. Por isso, acertadamente, foi revertido em sinalização nas linhas da concessionária.

    A CPTM teve 30 anos e R$ 20 bilhões livres para investir em pátios novos e nunca demonstrou interesse.

    No CBTC da Linha 8, a CPTM enterrou mais de 300 milhões de euros, não terminou nenhum trecho do projeto e nada disso será utilizado pra conversar.

    Se a CPTM desperdiçasse menos, teria feito mais.

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