Ela é uma PPP e ao mesmo tempo um monotrilho, dois argumentos que o governo do Estado de São Paulo tem usado com frequência para tornar uma obra como essa mais rápida. Porém, na prática, a Linha 18-Bronze tem colecionado uma série de atrasos que demonstra que a gestão pública está cada vez mais próxima do fracasso completo.
Com contrato assinado desde agosto do ano passada, a linha ainda não saiu do papel e parece que esse cenário não deve mudar tão cedo. Sem dinheiro, tanto o governo federal quanto o estadual protagonizam um jogo de empurra que ganhou um capítulo inusitado nesta semana quando o secretário nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, afirmou que os problemas técnicos da Linha 15, a primeira de monotrilho do país, justificam a paralisação do projeto até que o modal tenha sua eficiência comprovada.
Lopes foi além, colocando como condição para início das obras à inauguração da Linha 17, o outro monotrilho em construção em São Paulo. Como se sabe, o governo federal virou sócio do projeto por destinar parte do investimento na linha a fundo perdido dentro do programa PAC 2.
Outro lado
O governo estadual, que não participou da audiência convocada pelo deputado Alex Manente em Brasília (onde Lopes deu a declaração), divulgou nota em que desmente a afirmação. Para a secretaria paulista de Transportes Metropolitanos, as linhas 18 e 17 são independentes e que o governo federal está contrariando uma autorização do Ministério do Planejamento que aprovou o repasse de 400 milhões de reais para a linha.
Na prática, sabe-se que tanto o governo federal quanto o estadual estão sem dinheiro em caixa. O jogo de empurra está hoje no fato que o governo federal não faz o repasse prometido enquanto o governo estadual não disponibilizar o dinheiro para desapropriações e vice-versa.
O atraso, de certa forma, agrada às duas esferas por protelar um gasto que hoje não há como ser feito. Os recentes problemas com o monotrilho, no entanto, têm feito a secretaria paulista frear a expansão do sistema por tempo indeterminado.
A previsão original para entrada em operação da Linha 18, em 2018, certamente não ocorrerá nesta década, caso ela de fato seja construída. Hoje esse cenário parece cada menos provável.
acho uma posicao correta em nao liberar uma verba dessa proporcao para uma obra que a tecnologia ainda nao e de nosso dominio, alem disso comecar mas uma obra que provavelmente sera interrompida antes do termino pela falta de verba.
parabens pois essa e a atitude de um administrador de verbas piblicas
Acho que esse projeto do monotrilho da linha 18 deve ser cancelado. Já existem problemas evidentes nos monotrilhos das linhas 15 e 17, que mostram que essa “solução” pode ser uma grande armadilha para a mobilidade urbana. O preço da linha 15, por exemplo, tá quase saindo no custo do metrô convencional, só que com uma capacidade de 30,40% do metrô. Especialistas vêm apontando isso há tempos. Como não dá para voltar atrás no caso das obras das linhas 15 e 17, elas têm que ser terminadas. Ficaria muito caro pará-las agora. No caso da linha 18,deve-se buscar uma outra solução, que seria melhor se fosse metrô convencional, quando houver recursos para isso.É possível fazer metrô convencional em linha elevada, como já existe em SP. Poderia usar os recursos que iriam para monotrilho linha 18 e aquela parte problemática do monotrilho linha 17, entre a estação Morumbi da linha 9 e a futura estação SP Morumbi da linha 4.Ou, alternativamente, usar esses recursos na expansão vila prudente -dutra do metrô linha 2, que está com problema de conseguir recursos financeiros e está com obras praticamente paralisadas. Só estão demolindo algumas propriedades, mas há rumores, no ar, que as obras serão paralisadas. Seria uma questão de alocação mais eficiente de recursos públicos no orçamento.
E Quando o Xeque-mate Acontecer a Linha 18 Bronze do Metrô em Monotrilho Vai Ligar do Ipiranga, na Zona Sul da Capital Paulista Até o Bairro Diademense do Eldorado, e não do Tamanduateí, no Limite da Zona Sul Com a Zona Leste da Capital Paulista Até a Estação Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo, no ABC