A extensão da Linha 15-Prata até a estação Ipiranga pode sofrer o impacto de um impasse em relação à liberação de um trecho da Favela de Vila Prudente para a passagem das vias do monotrilho.
O motivo é que a licitação de construção de 60 moradias sociais lançada pelo Metrô para realocar famílias que serão impactadas pelas obras está há meses parada em meio a recursos dos concorrentes.
O edital foi lançado em julho de 2023 e foi uma forma de acelerar a solução às famílias afetadas em vez de repassar a responsabilidade à CDHU ou a Prefeitura da capital.
Porém, após a entrega de propostas em setembro do ano passado, o Metrô apenas julgou as propostas em fevereiro deste ano e acabou desclassificando os dois participantes com os menores valores ofertados, as empresas Nova Bahia e a SELC Empreendimentos.
Restou então a empresa Massapê Construções Civis, que teve a proposta habilitada. No entanto, os demais concorrentes entraram com recursos para tentar desclassificá-la.
Nesta semana, a companhia comunicou que aceitou parcialmente os argumentos em relação à Massapê. Segundo um dos recursos, a empresa não foi capaz de explicar porque alguns documentos apresentados para comprovar sua experiência estão com o CNPJ relacionado a outra empresa.
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Com isso, o Metrô declarou que a habilitação e seleção anunciada em fevereiro foi tornada sem efeito, ou seja, anulada. Agora, a companhia abriu um prazo de cinco dias úteis para recursos antes de decidiu os próximos passos do certame.
Aluguel emergencial é alternativa
Há uma quarta participante na licitação, o Consórcio ESB (SAP, Engibras, Benito Roggio), mas que fez uma proposta de valor elevado (R$ 27,5 milhões contra pouco menos de R$ 22 milhões da Massapê).
A execução das 60 moradias, que ficarão em um terreno do Metrô em cujo subsolo está o túnel da Linha 2-Verde entre Vila Prudente e Tamanduateí, é de suma importância para o andamento da extensão da Linha 15 até a conexão com a Linha 10.
As vias elevadas do monotrilho ocuparão uma pequena faixa da Avenida em frente à imensa comunidade e por isso é preciso abrir um perímetro de segurança das demais moradias.
Se o contrato demorar muito tempo para ser assinado, restaria ao Metrô arcar com um aluguel emergencial para essas famílias até que as residências definitivas fiquem prontas.
bem ridículo isso , toda licitação tem essa judicializacao .
deveria ser restringido essa judicializacao
R$22 milhões por 60 moradorias dá mais de R$367 mil por moradia “popular”.
Claro que o custo não é apenas das moradias em si, mas o custo não é nada popular…
Porque não aproveitar a oportunidade para resolver o problema de moradia de toda a comunidade – ao invés de apenas 60 família?
Todo esse tempo sem resolver a situação……
Aaah, o estado……….