Linha 12-Safira retoma operação normal em ambos os sentidos nesta terça-feira, 6

CPTM finalizou recuperação da via sentido Calmon Viana-Brás, permitindo a circulação dos trens após composição de carga ter descarrilado na madrugada de sábado
Acidente ocorreu no sábado, 3 (Jean Carlos)

A Linha 12-Safira opera normalmente nesta terça-feira, 6 de dezembro, informa a CPTM. O ramal teve a segunda via recuperada no final desta segunda-feira após o acidente com um trem de carga na madrugada de sábado ter danificado os trilhos na região do Tatuapé. O Expresso Aeroporto, da Linha 13-Jade, também foi retomado, com partidas de Luz e Aeroporto Guarulhos a cada hora.

Desde a tarde de ontem, a Linha 12 voltou a circular no sentido Brás-Calmon Viana enquanto os trens no sentido oposto continuaram a parar em Engenheiro Goulart até às 16h, qunado a CPTM passou a fazer viagens alternadas em ambos os sentidos, por conta do movimento menor causado pela partida de futebol da seleção brasileira na Copa do Catar.

Foram três dias de caos para os passageiros que utilizam não só a Linha 12, mas também a Linha 11-Coral, que é a mais movimentada da companhia e reabriu normalmente na segunda-feira, 5.

O acidente com um trem de carga da MRS Logística ocorreu logo após o fim da operação comercial da CPTM, por volta de 1h40 do sábado, 3. Uma composição com cinco locomotivas e 16 vagões de carga, sendo dez de areia e seis de bobina de aço (com 14 bobinas pesando 30 toneladas cada), descarrilou na curva onde a Linha 12 segue paralela à Linha 11, no sentido centro.

Trem da MRS descarrilado (Divulgação/Redes Sociais)

As bobinas acabaram atingindo uma das vias da Linha 11, impossibilitando que o ramal funcionasse no sábado. Embora duas vias tenham ficado intactas, a CPTM e a MRS as utilizaram para levar veículos de serviço necesários para retirar os vagões do trem avariado.

O trabalho prosseguiu sem interrupção logo após o acidente, porém, não houve uma alternativa adequada para levar os passageiros pelos trechos além de disponibilizar ônibus do serviço Paese. A situação acabou minimizada por se tratar de um fim de semana.

As vias da CPTM são mantidas por ela, mas estão concedidas às empresas de carga por meio de concessão federal. Os trens de carga circulam normalmente fora do horário comercial, mas algumas composições aproveitam o chamado horário de vale para atravessar a capital paulista.

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  1. Não há quaisquer perspectivas de obras para o Ferroanel, que diminuiria o fluxo de trens de cargas na malha da CPTM. A ultima notícia do projeto foi de janeiro de 2019, quando o Governador de São Paulo informou, João Doria, e o ex. Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinaram o protocolo de intenções para a construção do tramo Norte.
    A ferrovia contaria com 53 km de extensão e interligaria estações em São Paulo e Itaquaquecetuba, em área paralela próxima ao traçado do Rodoanel, durante as campanhas eleitorais para governador ficou amplamente demonstrado que o futuro governador Tarcísio, enquanto Ministro dos Transportes fez muito pouco por São Paulo, e aquela assinatura de um termo de ajustamento junto ao governo do estado para a construção do Ferroanel foi uma falácia eleitoreira, pois agora ele está junto com a equipe de Rodrigo Garcia do PSDB, da mesma forma escolher para inaugurar as concessões com a ViaMobilidade as únicas linhas que não possuem cargueiros que são as 8 e 9.
    Não deveria ser surpresa para ninguém, este mesmo ex-ministro vir assinar a prorrogação do contrato com a MRS retirando o Ferroanel e compartilhando vias com a CPTM nos trechos mais movimentados.
    É incoerente se compartilhar e manter cargueiros em trechos ultra saturados na região central em que trafegam os trens Metropolitanos, embora seja plenamente possível e recomendável em áreas periféricas assim como acontece com as ferrovias da América do Sul e a AMTRAK dos EUA.

    Segregar as vias com a conclusão e fechamento do Ferroanel (em paralelo com o Rodoanel), embora sejam obras custosas, elas são de enorme serventia pois existe demanda reprimida para tanto, relembrando que em uma ferrovia o que deve dar lucro é o transporte de cargas, setor se estagnou nos últimos anos mesmo em São Paulo, ficando o país refém das rodovias.

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