A abertura da Linha 13-Jade deve ocorrer apenas daqui a um ano, mas os planos da CPTM e do governo do estado sobre sua operação estão adiantados. Primeira ligação ferroviária entre o maior aeroporto do país e a rede de trens e metrô, o ramal estreará com uma extensão modesta e apenas três paradas. Por isso, a gestão Alckmin estuda formas de torná-la mais atraente aos passageiros que passam pelo terminal aeroportuário.
Uma das medidas estudadas agora já é considerada certa: o serviço expresso entre Brás e a estação Aeroporto Guarulhos. Segundo a CPTM, serão oito partidas diárias que percorrerão o trecho em 30 minutos, tempo bem inferior ao que deverá levar o passageiro que usar o serviço normal. Nesse caso será preciso fazer baldeação em Brás ou Tatuapé para acessar a Linha 12-Safira até a estação Engenheiro Goulart. Apenas nela será possível chegar à Linha 13.
A mudança, no entanto, criará uma situação complexa. Para chegar até Brás a Linha 13 terá de usar as vias da Linha 12 e para isso são dois caminhos, reduzir o intervalo ou aumentá-lo para colocar os trens expressos. Outra dificuldade no horizonte é qual frota de trens utilizar de forma provisória já que a licitação para compra dos oito trens da Linha Jade está suspensa. Há rumores que a Série 9000, coincidentemente com oito composições, será deslocada para a função, porém, isso exigirá que ela receba o sistema ATO de sinalização, que será usado nesses trechos.
No projeto vislumbrado pela CPTM, a estação Brás não está nos planos da Linha 13. Em vez disso, ela seguirá no sentido sudoeste, passando pela região do Carrão e Moóca até fazer conexão com as linhas 2 e 5 do Metrô na estação Chácara Klabin.
Check-in antecipado
Se o serviço expresso parece algo natural na introdução da nova linha, uma novidade já aventada pelo governo parece menos palpável. É a oferta de check-in antecipado e despacho de bagagens aos passageiros que seguem para o aeroporto. A ideia é que eles possam fazer check-in em totens e imprimir as etiquetas de bagagem que seguiriam para o aeroporto já a partir da estação, livrando os usuários de carregar suas malas nos ônibus que farão a ligação da linha com os terminais.
Embora interessante, a proposta esbarra numa grande questão: afinal, qual será a participação dos passageiros do aeroporto na demanda da Linha 13? Pelo perfil dos usuários das companhias aéreas, esse público parece pequeno, ao menos num primeiro momento. Acostumados a viajar com muitos volumes (apesar da recente mudança na cobrança de bagagem), esses passageiros podem relutar em optar por um trajeto longo e cheio de baldeações.
Outros fatores que podem espantar esse tipo de público são a provável lotação da linha, que absorverá muitos passageiros que moram na região do Parque CECAP e imediações. Se a Linha 13 tiver a lotação de outros ramais da CPTM é pouco provável que alguém se aventure a usá-la. E ainda há o eterno receio com segurança afinal muita gente chega de viagem com compras e objetos valiosos.
Por essas razões, talvez seja cedo para pensar em soluções para usuários do transporte aéreo. Se a nova linha servir aos funcionários do aeroporto e moradores da região já será um grande avanço, sem dúvida.
“No projeto vislumbrado pela CPTM, a estação Brás não está nos planos da Linha 13. Em vez disso, ela seguirá no sentido sudoeste, passando pela região do Carrão e Moóca até fazer conexão com as linhas 2 e 5 do Metrô na estação Chácara Klabin.”
Planos de longuíssimo prazo, coisa que o GESP não anuncia. Até lá, quantas trocas de linha metroferroviária uma pessoa teria de fazer se a Linha 13 parar em Eng. Goulart?
Sobre esse serviço expresso, vai valer só no sentido Aeroporto-Guarulhos ou no sentido Brás também vai ter?
Além de ser um projeto que já está quase 8 anos atrasado e vai ficar muito feio pra quem vê de cima pelos avião e pra nós que andamos de carro temos que ver aqueles cabos expostos pra alimentação dos trens um atraso no que diz modernidade ????
Valter Guarulhos
Urge ainda prolongar a linha 1 ate Cumbica (via Jacana e Centro de Guarulhos)