Ainda distante das condições ideias, a Linha 15-Prata voltou a atingir um patamar inédito de demanda em março. Segundo dados do Metrô, o ramal de monotrilho teve uma média de usuários em dias úteis de 132 mil pessoas.
O número superou o mês de novembro de 2023, antigo recorde da linha, quando passaram por ela 130 mil usuários por dia.
O total de passageiros transportados no mês, no entanto, ficou abaixo de agosto do ano passado, quando a Linha 15 recebeu 3,26 milhões de pessoas – em março foram 3,17 milhões.
Trens necessários
O ramal ainda carece de aprimoramentos como a entrada em operação de um novo aparelho de mudança de via após Vila Prudente, que está pronto há muito tempo, mas não foi ativado pelo Metrô.
A frota é outro gargalo. Embora tenham sido recebidos 27 trens Innovia 300, dois deles estariam inutilizadas após um choque em 2019.
Dos 25 restantes, entende-se que alguns estejam fora de serviço em virtude de serviços de manutenção. A companhia pretende terceirizar os cuidados da frota, porém, a licitação tem sido postergada.
A expectativa é que os primeiros trens de uma segunda encomenda de 19 unidades que estão fabricadas na China possam chegar em breve e ajudar a reduzir o intervalo na linha.
Processo judicial do consórcio para não pagar multa
E há o eterno mistério do sistema de sinalização fornecido pela Bombardier e hoje nas mãos da Alstom, que passa por constantes revisões, além de problemas nas vias, responsabilidade do Consórcio Expresso Monotrilho Leste.
Em 2019, por exemplo, o Metrô abriu um processo administrativo em que cobra uma multa de R$ 2,17 milhões das empresas Coesa Álya referente à “problemas e falhas crônicas dos Finger Plates”.
Tratam-se das seções que unem as vigas-trilho e que têm apresentado um desgaste incomum, exigindo reparos.
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Embora aberto há mais de cinco anos, o processo está parado em razão de uma ação judicial movida pelas empresas contratadas, que não querem pagar o valor.
Enquanto essa situação não é resolvida, a Linha 15-Prata se expande e deverá ganhar mais três estações nos próximos anos. Faltarão ainda quatro paradas para o projeto ser concluído e chegar ao Hospital Cidade Tiradentes.
Até lá, haverá tempo para que o monotrilho da Zona Leste possa comprovar que tem capacidade para atender quase 500 mil pessoas por dia.
Eu uso diariamente o Monotrilho, entendo que haja sim melhorias que precisam acontecer no ramal, porém vejo com tristeza os tantos problemas aprontados pela matéria, que acaba por invalidar toda a parte boa deste ramal, que segue se firmando como uma ótima solução para esta região da cidade. Tenho percebido algumas mudanças na operação, o intervalo esta bem pequeno e já faz algum tempo que os grandes problemas não acontecem, fora que atualmente existem varias projetos andando para melhorar o serviço.
Só fico pensando como irá ficar a questão da superlotação das estações se realmente atingirmos ós 500 mil passageiros diários como previsto. Eu como usuário diário da linha vejo como a estação Vila Prudente fica lotada no pico da noite, a ponto de questionar se a estação teria sido subdimensionada. Quem sabe com a chegada da linha 15 até o Ipiranga desafogue o fluxo na Vila Prudente, porque se a demanda de passageiros chegar a 500 mil na configuração atual a situação seria insustentável.
O problema se esbarra no déficit de mais composições, e que se encontram vários trens parados no pátio esperando por manutenção maior.
O monotrilho está cada dia pior de usar. Muita gente e pouco vagão. E ao chegar na estação de metrô do Vila Prudente, muitas escadas rolantes estão eternamente quebradas. O horário das duas plataformas do metrô devem começar a rodar às 6h da manhã e não só 06:30h. Resumindo, está muito ruim.
Isso mostra que este é um bom meio de transporte público só sendo superado pelo metrô. Deveriam mostrar como o monotrilho valorizou o entorno. Coisa que um corredor de ônibus não proporciona.
Na verdade, o monotrilho da L15 tem hoje exatamente as mesmas qualidades e o mesmo desempenho das demais linhas metroviárias.
A única diferença está na capacidade de transporte que é inferior pelo fato de os trens do monotrilho serem menores.
A capacidade da L15 é de cerca de ⅔ de uma linha com bitola padrão/internacional (1,435 m), ou em torno de 62% de uma linha mais antiga com bitola larga (1,60 m).
sem duvida o monotrilho foi uma solução que ajuda muito no dia a dia no quesito de mobilidade, espero que o quanto antes possam encontrar soluções para resolver os problemas da linha para que ela possa continuar crescendo de maneira sustentável em numero de km e passageiros. e estou bem espolgado com a ida para cidade tiradentes.
Pelo que se fala por aí, principalmente com relação ao desempenho e à velocidade dos trens, o monotrilho da L15 tem operado melhor até do que a veterana L2–Verde.
Porém, a L15 esbarra na sua própria limitação de transporte pelo fato de seus trens serem menores.
A capacidade da L15 é de cerca de ⅔ de uma linha metroviária com bitola padrão/internacional (1,435 m), ou em torno de 62% de uma linha metroviária mais antiga com bitola larga (1,60 m).
Dada a sua alta “pendularidade” e a quantidade atual de passageiros transportados, é pouquíssimo provável que a L15 chegue a transportar quase 500 mil passageiros/dia.
E ainda bem! Pois ela nem conseguiria transportar tudo isso sem hiperlotar e se saturar completamente (por isso também a L16 deve chegar à C.T.).
Não há nada, no momento, a ser comemorado na L15 em termos de aumento de demanda. Qualquer aumento agora, com a mesma quantidade de trens operando, significará, evidentemente, uma piora no conforto para os passageiros desta linha.
Sendo assim, mantendo-se a L15 em um nível de demanda significativamente mais baixo do que o projetado (pelos modelos de simulação de demanda), os passageiros da L15 (e também da L2) agradecem!!