Linha 15-Prata deve ser assumida pela iniciativa privada no último trimestre

Concessionária ViaMobilidade Linha 15 teve a licitação homologada nesta sexta-feira (17) abrindo caminho para a assinatura do contrato
Linha 15-Prata: operação privada até o final do ano (GESP)

Se obedecer o mesmo cronograma utilizado pela Linha 5, o monotrilho da Linha 15-Prata deverá ser assumido pela concessionária ViaMobilidade Linha 15 no último trimestre de 2019. Nesta sexta-feira (17), o secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy homologou o resultado da licitação, abrindo caminho para a assinatura do contrato de concessão nas próximas semanas. A empresa foi a vencedora da licitação em janeiro em leilão em que apenas ela fez oferta pelo ramal.

Caso isso ocorra até a primeira quinzena de junho, o processo de transição terá início quando a nova empresa passará a acompanhar a operação e manutenção realizada pelo Metrô. Aos poucos, a ViaMobilidade Linha 15 colocará seus funcionários em funções como segurança, direcionamento de fluxos e informações enquanto assimila o funcionamento dos sistemas e trens no Pátio Oratório, local onde é feita a manutenção e também onde está o CCO da linha, o centro de operação dos monotrilhos.

Se esse cenário for confirmado então o dia “D” em que a ViaMobilidade assumirá de fato o serviço deverá ocorrer por volta de outubro, caso não haja nenhum imprevisto. Até lá é bastante provável que a estação Jardim Planalto já tenha sido entregue. Ela é uma das quatro paradas que tiveram as obras retomadas no mês passado, porém, é a mais adiantada delas. As três restantes, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, deverão ser entregues entre dezembro deste ano e janeiro de 2020, segundo o governo.

Falhas e acidentes

A Linha 15-Prata é a terceira linha de metrô concedida pelo governo do estado para que será operada pela iniciativa privada, após a pioneira Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás, nesse caso em conjunto com o futuro ramal de monotrilho 17-Ouro ainda em construção. Detalhe é que todas elas têm a CCR e o grupo RUASInvest como sócios. Com isso, o Metrô voltará a operar apenas as três linhas mais antigas da rede e que compartilham trens, bitola e alimentação por terceiro trilho.

A grande questão a respeito do monotrilho da Zona Leste é saber se as constantes falhas e alguns acidentes notórios serão finalmente eliminados ou ao menos reduzidos a casos raros. Pelo ineditismo de vários aspectos da linha, é normal que exista a chamada curva de aprendizado, porém, ela demorou muito mais do que se imaginava já que até hoje, por exemplo, há testes com o sistema de sinalização CBTC, fornecido pela Bombardier, fabricante também dos trens.

Jardim Planalto deve ser entregue antes da ViaMobilidade Linha 15 assumir ramal (Reprodução/Consulgal)

Por falar neles, o choque de dois deles em janeiro e também o mais recente episódio, quando um pneu teria se deslocado da viga-trilho, são falha inadmissíveis para um sistema tão delicado. Na época da colisão, o Metrô culpou uma atitude errada de um funcionário que foi demitido, mas não explicou como uma única pessoa seria capaz de burlar toda um padrão de segurança sem que ninguém mais notasse isso.

A boa notícia é que desde o início da operação comercial no novo trecho até Vila União, a Linha 15-Prata tem ampliado o número de usuários mês a mês, chegando em abril a quase 70 mil passageiros em dias úteis. Até o final do ano, espera-se que esse volume cresça ainda mais.

Com informações do site Ferroviando.

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2 comments
  1. Você vai ver falar dessa linha 15 bastante depois que passar para iniciativa privada, sucateamento do serviço, má qualidade de prestação de serviços, pois eles querem saber do lucro e menos gastos.

    1. Claudio voce esta redondamente enganado ande na linha 4 amarela e veja a diferença na qualidade do serviço prestado ou voce e um desses esquerdopata ou e cego com esquerdista não da nem para conversar viaje na linha 5 lilas depois nos conversamos. acelera são paulo.

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