A Linha 15-Prata do Metrô deve retomar a operação pouco mais de três meses após o incidente que motivou a paralisação do serviço em 29 de fevereiro. Assim como havia indicado em redes sociais, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou nesta manhã de quarta-feira, 20, durante o jornal Bom Dia São Paulo que o monotrilho voltará a funcionar entre o dia 31 de maio, um domingo, ou 1º de junho.
Segundo o titular da pasta, a Bombardier realizou a instalação de um novo conjunto de run flats, dispositivos metálicos que servem como anteparo em caso de esvaziamento dos pneus do trem. “Nesta semana ocorreram testes com o pneu vazio, com todas as perspectivas que possam ocorrer para que a gente consiga fazer com segurança essa retomada. Na semana que vem será a última bateria de testes e que será analisada pela equipe de segurança da Bombardier no Canadá para a gente possa retomar a operação do monotrilho, acreditamos nós, no dia 31 de maio ou 1º de junho“, explicou Baldy.
Embora não tenha adiantado desta vez, a retomada do serviço deve ser parcial em trecho e horário ainda a serem divulgados. A razão é que a Bombardier está realizando modificações nos trens de forma gradativa e deve legar algum tempo até que a frota de 24 composições tenha o trabalho completo. Em live com os sites de mobilidade na semana passada, o secretário revelou que “existe um período para que nós possamos retomar a operação completa, de Vila Prudente a São Mateus. A equipe do Metrô tem trabalhado dia e noite, de madrugada em meio à pandemia, reuniões, testes, análises muito profundas para a gente saber qual o volume de trens que estarão disponíveis para decidirmos o trecho que irá operar nesse início de retomada. Mas que vai ser retomada na sua totalidade da linha, será sim“.
Correções
O incidente que motivou a paralisação da Linha 15-Prata ocorreu no dia 27 de fevereiro com a composição M20. Um dos pneus de carga, que ficam instalados na parte central do trem, estourou lançando partes do conjunto na superfície. O Metrô então recolheu a composição afetada e acionou a Bombardier para analisar o problema. No final do dia seguinte, uma sexta-feira, a empresa canadense solicitou que a companhia suspendesse a operação da linha por conta dos riscos à segurança.
Desde então, a empresa e suas sócias no consórcio CEML, as construtoras OAS e Queiroz Galvão, realizam correções nas vigas-trilho enquanto a Bombardier modificou o funcionamento dos run flats. A Linha 15-Prata havia atingido seu recorde de transporte diário de passageiros poucos dias antes do incidente, com 122 mil usuários transportados. Ainda assim distante da previsão de 300 mil pessoas que deverão utilizar o ramal de monotrilho entre Vila Prudente e São Mateus.