Mais novo ramal metrovário de São Paulo, a Linha 15-Prata voltou a liderar a Pesquisa de Avaliação de Satisfação do Passageiro, realizada anualmente pelo Metrô. Ela repetiu o resultado de 2020 quando atingiu um índice de 77%, um a mais que a Linha 2-Verde.
Desde que passou a participar da pesquisa, em 2017, a Linha 15 tem estado entre as mais bem avaliadas, superando a Linha 2 a partir de 2019, ano em que a operação entre Vila Prudente e São Mateus teve início.
O Metrô de São Paulo divulgou a evolução da pesquisa em seu Relatório Integrado de 2021, ao contrário da edição anterior, quando apenas compartilhou a média geral das quatro linhas operadas.
Em dezembro, o diretor de engenharia e projetos, Paulo Meca, afirmou em entrevista que a Linha 15-Prata possuía 92% de aceitação pela população, sem no entanto detalhar a fonte da informação.
Na ocasião o executivo aproveitou a oportunidade para desmentir críticos do modal. “Todo mundo imagina, ‘a população não gosta do monotrilho’. Ledo engano porque a pesquisa que o Metrô faz com os passageiros – e recentemente a nossa área de operação divulgou – mostrou que o monotrilho tem o maior índice de aceitação entre as quatro linhas operadas pela companhia”, disse Meca.
Serviço aquém da promessa
Inaugurada em 2014 com apenas duas estações, a Linha 15-Prata, no entanto, ainda está distante de oferecer um serviço capaz de atender a demanda de passageiros esperada em seu trajeto. O ramal apenas em março voltou a transportar diariamente cerca de 100 mil usuários, menos de um terço de sua capacidade nominal.
Os intervalos entre os trens também são os mais altos praticados pelo Metrô, com tempo mínimo de 196 segundos entre as viagens (3 minutos 16 segundos). Na Linha 3-Vermelha, a mais mal avaliada, com aprovação de apenas 65% dos passageiros, o intervalo entre as composições é de apenas 119 segundos, ou seja, menos de dois minutos.
Esse cenário deverá mudar a partir de outubro quando o Metrô colocará em funcionamento duas áreas manobras nas pontas do ramal e que permitirão a injeção de mais trens no carrossel e consequentemente um intervalo menor.
O monotrilho é excelente! Só de não ter que ficar embaixo da terra, e ter a mesma velocidade do Metrô, já é um grande avanço. São Paulo deveria ter vários espalhados pela cidade!