O Metrô de São Paulo lançou neste sábado, 14, a segunda licitação relacionada à Linha 16-Violeta, que no seu formato atual ligará a estação Oscar Freire à Cidade Tiradentes. Trata-se do serviço de investigações geotécnicas e sondagens além do mapeamento de redes de utilidade pública que existem no trajeto pretendido.
O estudo servirá como subsídio ao anteprojeto de engenharia do ramal subterrâneo de metrô, cuja licitação está em andamento. Em dezembro, o Metrô recebeu as propostas técnicas e comerciais de quatro consórcios em 14 de dezembro, mas até o momento não publicou mais informações sobre o certame.
O lançamento do novo edital, que estará disponível nesta segunda-feira, 16, e terá a sessão pública realizada em 16 de fevereiro, reforça a importância do projeto nos planos de expansão da companhia atualmente.
Vale lembrar que o Metrô tem outros dois ramais em projetos e em estágios mais avançados, a Linha 19-Celeste, que ligará Guarulhos ao centro da capital, e a Linha 20-Rosa, que sairá de Santo André e fará um percurso perimetral pela Zona Sul de São Paulo, até chegar à região da Lapa. Além deles, há também estudos iniciais da Linha 22-Marrom (Cotia-Sumaré), mas que ainda não teve as características principais definidas.
Novas técnicas de contrução
A Linha 16-Violeta, revelada em primeira mão pelo MetrôCPTM em 2018, tem sido usada para avaliar novas técnicas de construção que pretendem acelerar sua implantação. Entre elas está o uso de um “megatatuzão”, chamado de TBM4, e que é capaz de abrir um túnel que abrigaria as duas vias em níveis diferentes. A ideia é que estações de menor movimento possam ser usadas apenas dentro do diâmetro escavado por essa tuneladora.
Além disso, a companhia estuda o uso de elevadores de alta capacidade em algumas estações além de vias com inclinação de 5% em vez de 4% como hoje. Essa pequena diferença significaria estações menos profundas, que podem reduzir os custos da obra.
A nova linha também pretende equilibrar a oferta e a demanda na populosa Zona Leste ao aliviar as linhas 3-Vermelha e 15-Prata no futuro. Apesar disso, uma licitação ou concessão para sua implantação só deve ser lançada no final do atual governo, caso todas as etapas preliminares sejam atendidas. Ou seja, é um ramal que só deverá ficar pronto na próxima década.
O ideal seria expandir a linha laranja até a Cidade Tiradentes. Esta expansão passaria pela mesma região e não seria preciso construir outro pátio. Isto economizaria tempo e dinheiro.
É um engodo e estelionato político eleitoral ficar vendendo a ilusão e prometer para os incautos de que uma execução de Linha de Metrô completa leva no mínimo 15 anos pelas condições brasileiras de que as obras serão executadas mesmo sabendo que não existe previsão de verba para tanto, nem no Estado nem na iniciativa privada.
Neste caso do lançamento desta Linha 16-Violeta ainda tem que o motivo fútil alegado para lança-la em paralelo a exemplo que acontece com a Linha 20-Rosa em paralelo com a Linha Integradora-710, é o que segundo eles próprios planejadores a Linha 15-Prata não suportaria a demanda para ser finalizada em cidade Tiradentes, ficando comprovado que estes planejamentos técnicos são contestáveis e refutáveis.
O que é paradoxal nesses múltiplos projetos principalmente do Metrô é que nunca saem do papel e os escritórios de engenharia que elaboram os projetos é que são beneficiados, nunca avançam e quando tem novidades é sempre de adiamento. O conselho para a gestão seria focar na gestão das obras paradas e em andamento, pois estas possuem reais possibilidades de se tornar exequíveis. Direcionar energia e recursos financeiros para o que já estão iniciadas e incompletas e são muitas, seria forma mais assertiva para pensar em linhas que nem do papel saíram.