No ano em que deveria ser entregue, a Linha 18-Bronze ainda permanece em suspense. Sem dinheiro para as desapropriações necessárias para dar início à obra do monotrilho, o governo do estado decidiu aditar mais uma vez o projeto. Com isso, o contrato, assinado em 2014, será estendido até maio de 2019, jogando a conclusão da obra para pelo menos 2022.
Com 14 km de extensão e 13 estações, a Linha 18 foi licitada em forma de PPP integral há quatro anos. O consórcio Vem ABC, formado pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, venceu o certame, porém, não iniciou as obras por não contar com os terrenos necessários para as estações, vias e pátio. As desapropriações cabem ao governo do estado que contava originalmente com recursos federais do PAC ainda na época da gestão Dilma Rousseff.
Como o dinheiro nunca veio, a gestão Alckmin decidiu então buscar empréstimo no exterior para viabilizar os cerca de R$ 700 milhões (em valores atuais) para pagar pelos terrenos desapropriados. Mas novamente o governo federal impediu que o projeto andasse, tudo por conta de restrições de endividamento impostas pelo Tesouro Nacional, que considerou o estado de São Paulo incapaz de assumir financiamentos.
Depois de várias reuniões e já na gestão Temer, o Tesouro mudou os critérios do cálculo e São Paulo voltou a ter permissão para emprestar dinheiro no final do ano passado. Desde então, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, encarregada de conseguir os recursos, têm negociado não só com bancos estatais como também estrangeiros e nacionais do setor privado. No entanto, nenhuma previsão foi dada a respeito até agora.
Enquanto isso, o consórcio Vem ABC havia dito ao site que outros trabalhos como projetos executivos e o planejamento com vários órgãos públicos envolvidos na obra foram adiantados para permitir que o prazo de entrega seja encurtado o máximo possível.
Região com umas piores mobilidades do país, o ABC Paulista ganhará muito com o monotrilho, que percorrerá um eixo que passa pelo centro de São Bernardo do Campo, Rudge Ramos, divisa com Santo André e São Caetano do Sul até chegar à estação Tamanduateí do Metrô e CPTM. A previsão é que mais de 300 mil pessoas utilizem a linha quando estiver pronta.
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Não houve vontade política para focarem esse projeto! O Dr. Alckmin em sua última visita no ABC, declarou que a L18 não era prioridade. Os prefeitos da região também não gestionaram e preferiram fazer os BRTs que ainda dizem que farão (alguns estão fazendo corredores de ônibus…) Deputados federais e estaduais então, nem se fale… Vereadores, também não sabemos o que fazem … Os interesses são sempre outros… menos sobre os cidadãos.
Enquanto isso a população do ABC fica sem um transporte mais eficaz e e de melhor qualidade para se interligarem com a cidade de São Paulo. E a nossa “avenida” Anchieta, cada vez mais congestionada.
Uma dúvida, nesse mapa qual é a linha laranja que passa por Taboão?
Uma região altamente povoada como o ABC, especialmente São Bernardo, que não tem nenhum transporte sobre trilhos, merecia um transporte de alta capacidade. Esse monotrilho é só um quebra-galho que vai resolver muito pouco, e continuaremos decadas sem poder se locomover com facilidade à capital.