A Linha 19-Celeste do Metrô que ligará o município de Guarulhos ao centro da capital paulista ainda não teve as obras e modelagem operacional definida ainda, mas o governo do estado decidiu liberar os terrenos necessários para sua implantação.
A primeira parte das desapropriações que envolvem o ramal de 17 km de extensão tornou-se realidade na segunda-feira, 20, quando a gestão estadual publicou um decreto de utilidade pública de 18 áreas na região central de São Paulo.
Os terrenos selecionados pelo Metrô serão usados para a construção das estações São Bento e Anhangabaú da Linha 19-Celeste, onde haverá a conexão com as linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Além delas, há também uma área no entorno da Praça Pérola Byington que deverá abrigar um poço de venitilação e saída de emergência.
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Dos 18 blocos, nove são desapropriações de fato enquanto os demais nove serão usados para ocupação temporária para canteiros e outras utilizações.
A primeira área com desapropriações compreende a região onde está o Viaduto Santa Efigênia. Lá o Metrô (ou uma concessionária privada) usará um terreno da Praça Pedro Lessa e também o local onde existe hoje uma escada de acesso ao viaduto. Já pequenos edifícios em frente à praça serão demolidos e devem abrigar os acesso da estação.
O Metrô também ocupará provisoriamente uma parte do Vale do Anhangabaú bem ao lado do Viaduto do Chá, mas a função não está clara.
A maior ocupação ocorrerá na Praça da Bandeira, onde há o terminal de ônibus da SPTrans. Ali ficará a nova estação Anhangabaú e será preciso desocupar um terreno em frente à Ladeira da Memória e outros dois na Rua Santo Amaro, para construir os acessos.
Os terrenos estão desocupados ou sendo usados por estacionamentos, o que facilita sua liberação. Boa parte do terminal de ônibus terá de ser bloqueada, causando mudanças na operação do terminal.
Por fim, há dois terrenos próximos à Praça Pérola Byington declarados de utilidade públcia. Um deles era ocupado por um posto de combustível enquanto o outro funcionava um estacionamento e um pequeno edifício comercial. Além disso a própria praça será interditada durante as obras.
Projeto da Linha 19 está evoluindo
O início das desapropriações da Linha 19-Celeste ocorre em meio ao avanço dos projetos e estudos para sua implantação. No entanto, ainda não está claro quando o governo Tarcísio de Freitas irá lançar sua concessão à iniciativa privada.
Embora seja a linha em estágio mais avançado, ela sofre a concorrência da Linha 20-Rosa, entre Santa Marina e Santo André, que é considerada um ativo eleitoral por envolver o Metrô no ABC, região de mobilidade urbana precária e que sofre com lobbies rodoviários.
A Linha 19 em sua primeira fase terá 17,6 km de extensão e 15 estações. Há uma segunda etapa, a partir do centro de São Paulo indo até a região do Campo Belo, porém, o trecho não tem sido comentado há anos.
Veja quais são os blocos desapropriados ou que terão ocupação provisória:
Bloco 19057 – Prédios comerciais em frente à Praça Pedro Lessa.
Bloco 19058 – Escada de acesso ao Viaduto Santa Efigênia.
Bloco 19059 – Praça Pedro Lessa.
Bloco 19060 – Trecho com árvores ao lado e abaixo do Viaduto do Chá (ocupação provisória).
Bloco 19061 – Terminal de ônibus (ocupação provisória).
Bloco 19062- terminal de ônibus (ocupação provisória).
Bloco 19063 – Monumento à Bandeira (ocupação provisória).
Bloco 19064 – Ruas próximas à 23 de Maio (ocupação provisória).
Bloco 19065A e 19065B – estacionamentos na Rua Santo Amaro.
Bloco 19066 – Terrenos vazios que incluem um VSE da Linha 3.
Bloco 19067 – Posto de gasolina desativado.
Bloco 19068 – Estacionamento e pequeno prédio vazio.
Bloco 19069 – Praça Pérola Byington (ocupação provisória).
Bloco 19070 – Trecho da Rua Santo Amaro (ocupação provisória).
esse terreno da foto a prefeitura já está usando para moradores de rua terem residência
Bom, vai ter sítio arqueológico: é fato consumado. Nem é preciso perguntar “se” eles existem aí. Então, importante é fazer um bom licenciamento arqueológico DESDE O COMEÇO, para evitar problemas futuros. Não dá para ir levando na boa, como se o problema não existisse e depois ter que parar por meses e atrasar a obra.
Fazem desapropriacao e pagam quase nada.
e do que pagam, gov federal quer uma boa parte.
Poderiam ter escolhido demolir o Joelma e fazer ali a estação Anhangabaú ao invés do terminal.
E achei que tinham descartado há muito tempo Campo Belo por Tabuapa, afinal a Linha 19 conta como conexão com a Linha 20 ali, na avenida Faria Lima.
Os donos destes prédios devem agora estar pensando em quantas propostas de venda receberam no decorrer de décadas, mas preferiram estocar imóveis velhos.
Agora vão receber o valor venal e pelo estado que mantinham os imóveis tá muito bem pago.
É o progresso.