O Metrô de São Paulo chegou à conclusão que a Linha 22-Marrom, que ligará Cotia à estação Sumaré, da Linha 2-Verde, será um sistema subterrâneo, como outro ramais recentes.
A informação foi revelada nesta sexta-feira, 25, por Luiz Antonio Cortez, gerente de planejamento e meio ambiente da companhia, em palestra na 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.
Até então, o Metrô trabalhava com várias hipóteses, incluindo um sistema de monotrilho e vias sobre a Rodovia Raposo Tavares.
O anteprojeto de engenharia em execução pela empresa, no entanto, indica que um traçado elevado é inviável por conta da falta de espaço na estrada, que está prestes a ser ampliada.
A demanda pendular também foi um motivador para uma solução tradicional, por túneis e trens convencionais com alimentação por terceiro trilho.
Trens menores
Mas a Linha 22 terá inovações, segundo Cortez. A primeira delas é o uso de trens mais estreitos e com apenas cinco carros em vez dos seis presentes nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e mesmo as novas como a Linha 4-Amarela e a 6-Laranja.
O objetivo é reduzir o custo do projeto e assim escavar um túnel mais estreito, com menos de 10 metros de diâmetro, ou 13% menos área.
Com um carro a menos, as estações poderão ter plataformas com 110 metros de comprimento em vez de cerca de 132 metros atuais.
Novamente, a companhia previu o uso de elevadores de alta capacidade para algumas estações como Rio Pequeno e Teodoro Sampaio.
Demanda elevada com intervalo de pouco mais de 2 minutos
A despeito da redução da capacidade com um gabarito menor, a Linha 22 poderá transportar diariamente quase 680 mil pessoas em seus 29,4 km e 19 estações.
Desse total, quase 400 mil serão usuários incrementais, ou seja, que não virão de outras linhas.
O carregamento hora/sentido será de 37.000 passageiros e a frota de trens será elevada, com 47 unidades. A capacidade de oferta é cerca de 31% menor que a das linhas tradicionais, no entanto.
Projeto pode mudar, como na Linha 16-Violeta
Assim como fez no projeto diretriz da Linha 16-Violeta, a equipe de planejamento do Metrô buscou soluções inovadoras para tornar o ramal mais barato e eficiente.
Novamente foi proposta a execução de vias com rampa de 5%, mais inclinadas e que por isso permitem estações mais próximas da superfície.
A questão é que se trata de uma base para estudos mais aprofundados e dado que a atual gestão pretende conceder todo o sistema sobre trilhos, é razoável esperar que boa parte dessas ideias seja descartada por um operador privado.
É o que está acontecendo justamente na Linha 16 após o interesse manifestado pela construtora Acciona e que propõe uma implantação tradicional.
Audiências públicas a partir de setembro de 2025
Cortez revelou um cronograma para o empreendimento em que neste momento ocorre o detalhamento da alternativa selecionada.
Os próximos passos incluem a contratação de uma empresa para produzir o Estudo Ambiental (EIA-RIMA) em novembro e o início das audiências públicas a partir de setembro de 2025, quando também será solicitada a Licença Prévia Ambiental.
A Linha 22-Marrom está na fila de prioridades do governo e, em tese, atrás das linhas 20-Rosa, 19-Celeste e 16-Violeta, mas nada é impossível, para esperança dos moradores que serão atendidos por ela.
Imagens e informações de Jean Carlos.
por que diabos então a L22 será metrô pesado e a L14 com uma demanda explosiva e um percurso mais significativo será VLT? ☠️☠️
Eu acredito que a L22 deveria sair da futura Cerro Corá, por ser uma estação terminal e também conexão com a L20, e ir para Villa Lobos Jaguaré na L9, evitando a conexão com a L4 e passando por um ponto de interesse, que é o Parque Villa Lobos.
Pronto !
Aberto o festival dos palpiteiros leigos , que nunca passaram na porta de uma faculdade de engenharia mas se acham muito “inteligentes”
Que venham mais palpites !
Não se acanhem!