Linha 3-Vermelha deve começar a receber portas de plataforma em 2020

Relatório do Metrô traz mais detalhes sobre projeto de portas de segurança que serão instaladas nas linhas 1, 2 e 3
Linha 3-Vermelha é a mais movimentada do Brasil (GESP)
Linha 3-Vermelha é a mais movimentada do Brasil (GESP)

O projeto de instalar 88 fachadas de portas de plataformas nas linhas mais antigas do Metrô de São Paulo deverá começar a ocorrer ainda em 2020 pela Linha 3-Vermelha. A informação surgiu no relatório de empreendimentos de dezembro de 2019 e disponibilizada pela companhia nos últimos dias. Contratado por R$ 342 milhões junto ao consórcio Kobra, o serviço será feito em 36 estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.

De acordo com esse cronograma, três estações do ramal receberão oito fachadas de PSDs a partir deste ano, porém, o Metrô não especificou quais são elas. Como em estações menores, são apenas duas fachadas deduz-se que uma das três receberá quatro fachadas. Isso indica que as estações Sé, Tatuapé e Brás estão entre elas já que Palmeiras-Barra Funda e Corinthians-Itaquera serão instaladas por outro consórcio, da Alstom, em 2021.

Em 2021, será a vez de outras dez estações da Linha 3 receberem o equipamento de segurança, deixando apenas duas para 2022. Nesse mesmo ano, onze estações da Linha 1 também passarão a ter as portas em processo de montagem. Por fim, em 2023 o projeto será concluído com dez estações na Linha Azul e apenas duas na Linha Verde – Consolação e Paraíso.

No entanto, o governo do estado garantiu que todas as estações do Metrô terão as portas de plataforma, o que faz crer que o consórcio Kobra possa receber algum aditivo para incluir as estações Sumaré, Clínicas, Trianon-MASP, Brigadeiro, Ana Rosa (Linha 2), Chácara Klabin, Santos-Imigrantes e Alto do Ipiranga em seu contrato. Elas são as únicas que não estão previstas oficialmente.

O consórcio Kobra assinou seu contrato em junho do ano passado com prazo de 56 meses para conclusão do serviço. A instalação de fato deverá ocorrer após 12 meses da assinatura, ou seja, se não houver atrasos, essas primeiras estações da Linha 3 podem começar a receber intervenções no segundo semestre.

A estação Sumaré, na Linha 2, ainda não tem previsão de receber as PSDs mas o Metrô garante que todas terão o equipamento (Laciportbus.)

Estacões terminais

Além do contrato da Kobra, o Metrô também planeja contar com cinco outras estações dentro do escopo da Alstom, que desde 2008 implanta o sistema CBTC nas três linhas antigas. Esse trabalho também prevê portas de plataforma nas estações Vila Madalena (que está em execução atualmente) e nas estações terminais das linhas 1 e 3. Além da já mencionada instalação em Barra Funda e Itaquera em 2021, este ano está previsto que as estações Jabaquara e Tucuruvi passem a contar com as PSDs.

O uso de portas de plataforma contribui para a segurança dos passageiros e também para que o fluxo de trens seja mais constante e regular. Mas sua presença em sistemas mundo afora não é tão comum como faz parecer a intenção do Metrô de São Paulo. Mesmo em cidades com amplas redes de metrô como Londres e Paris, são raras as estações com esse recurso.

 

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5 comments
  1. Além do fator segurança as PSDs contruibuem em outro fator: organização na plataforma. Nas estações que já a possuem, os passageiros tendem a fazer fila pra entrar no trem e aguardar o desembarque.

    1. Sem PSD o embarque também é organizado com aqueles divisores de fluxo, diferença é que vc embarca pelo meio e quem desembarca o faz pelas laterais.
      Em estações pequenas e com grande movimento fazer fila ocupa muito espaço nas plataformas e acaba atrapalhando o fluxo, vide L15.

  2. Tudo isso porque o povo se comporta como bovino. Não respeitam a faixa amarela de segurança e, quando o trem chega, são duas boiadas estourando: uma querendo entrar, e outra querendo sair. E tem também os suicidas, que se atiram na via só para o trem passar por cima deles.

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