Dois anos após as restrições sociais para conter a pandemia do Covid-19, o Metrô de São Paulo voltou a experimentar uma demanda bastante elevada em suas linhas. Em março, por exemplo, a Linha 3-Vermelha, mais lotada do sistema sobre trilhos, voltou a registrar dias em que mais de 1 milhão de passageiros circularam por suas 18 estações.
Na média, a Linha 3 recebeu 996 mil usuários em dias úteis, mas atingiu 1,048 milhão de passageiros durante o pico, cuja data não é divulgada pelo Metrô. A demanda é 66% mais alta do que em março de 2021 e 13% superior ao mês de fevereiro deste ano.
Em percentual, no entanto, a Linha 2-Verde foi a que mais cresceu em um ano. O movimento em suas 14 estações aumentou 82%, chegando a 560 mil usuários diários contra 308 mil há 12 meses. A Linha 15 seguiu próxima, com aumento de 79% enquanto a Linha 1-Azul subiu 76%.
É o nível mais alto de lotação nos ramais operados pelo Metrô de São Paulo desde o início da crise sanitária, mas ainda assim o patamar segue bem abaixo dos níveis pré-pandemia. A Linha 3-Vermelha, por exemplo, chegava perto de receber 1,5 milhão de passageiros diariamente enquanto a Linha 1-Azul chegou a passar essa marca em 2019 em alguns meses. Já a Linha 2-Verde mantinha uma demanda diária acima de 800 mil usuários com regularidade.
Mesmo a Linha 15-Prata ainda não voltou a bater seu recorde, obtido em fevereiro de 2020 (116 mil usuários), quando houve o incidente do estouro de um pneu e que fechou o ramal de monotrilho por meses. No mês passado, a linha chegou a 104 mil passageiros diários com pico de 109 mil pessoas. Ainda assim, a melhor marca após sua reabertura, em junho de 2020.
Crescimento nas linhas 8 e 9
Os dados da CPTM corroboram a tendência de recuperação da demanda verificada após a suspensão de várias medidas de isolamento social. A Linha 7-Rubi, por exemplo, movimentou 9,7 milhões de pessoas em março, volume superior ao obtido em 2019, enquanto a Linha 13-Jade bateu seu recorde histórico, com 363 mil usuários durante todo o mês.
Divulgados pela ViaMobilidade, os dados de demanda das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, assumidas por ela em janeiro, também revelam um forte crescimento. A média diária dos dois ramais chegou a 317 mil passageiros (Linha 8) e 362 mil passageiros na Linha 9, que também teve seu melhor mês desde o início da pandemia, com 9,5 milhões de passageiros transportados.
Apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás não tiveram suas estatísticas disponibilizadas até a publicação deste artigo, impedindo uma análise completa do panorama.
A humilhação de enfrentar essa linha voltou a rotina do Paulista e o descaso prestado voltou a ser como era antes da pandemia.
Essa linha deixa a população exausta, doente, machucada. Não tem imunidade que resista pegar essa linha em horário de pico.