As obras da Linha 6-Laranja estão ganhando volume em 2016: a segunda estação em construção, João Paulo I, já tem parte do poço de acesso escavado, como mostram as imagens do governo do Estado de São Paulo. E outras frentes de trabalho devem ser abertas durante o ano à medida que os terrenos são liberados e preparados. Uma das próximas etapas é a montagem do primeiro tatuzão, que já está no Brasil sendo desembaraçado e preparado para transporte do porto até o canteiro do poço Tietê.
A má notícia é que nesta quarta-feira, o governador do estado Geraldo Alckmin revelou aos jornalistas presentes na visita ao canteiro da estação João Paulo I que a entrega da linha ficou para 2021 e não mais 2020. Segundo ele, “geralmente são seis anos de obras, começou em 2015 vai terminar em 2021”. A Linha 6 é uma PPP (parceria público-privada) e prevê 25 anos de contrato sendo seis anos para construção e 19 anos para operação.
Como as desapropriações atrasaram por conta de falta de recursos e problema jurídicos, o consórcio vencedor, a Move São Paulo, só teve acesso aos canteiros bem depois do planejado.
Rumo norte
Até o momento, há obras mais avançadas nos poços Tietê (que já teve sua concretagem concluída), Aquinos e nas estações Freguesia do Ó, João Paulo I e Santa Marina, a primeira do lado sul do rio Tietê. Além delas, alguns terrenos como o do pátio Morro Grande e da estação Higienópolis-Mackenzie, na rua da Consolação, já estão com várias máquinas preparando o terreno. A expectativa é que todos os terrenos desapropriados sejam liberados até o final do ano.
Por ser uma PPP, há interesse do consórcio em recuperar o tempo perdido afinal ele só passará a receber quando a linha for aberta – ela pode ser parcialmente inaugurada desde que esteja integrada à rede metroferroviária.
Enquanto prepara novas frentes de trabalho, o consórcio toca os projetos executivos das 15 estações e 14 poços de ventilação. Segundo apurou o blog, as estações da Linha 6 serão mais simples que algumas projeções feitas antes da licitação sugeriam com amplas áreas envidraçadas e prédios de arquitetura mais vanguardista: “estamos levando em consideração esses projetos, mas a tecnologia avançou e hoje a luz natural já não é tão mais vantajosa quanto as luzes de LED, por exemplo”, explica uma fonte envolvida no projeto. “Antes você criava grandes claraboias para reduzir o consumo de energia, mas acabava tendo que compensar o maior calor gerado pela insolação. Com as lâmpadas de LED, o consumo é baixo sem que seja preciso apelar para a iluminação natuaral”, completa.
Como se vê, a Linha 6 promete mudanças em vários sentidos.
Fotos: Governo do Estado de São Paulo