Linha Uni e Alstom revelam como serão os trens da Linha 6-Laranja

Composições do modelo Metropolis já estão produção em Taubaté (SP) e poderão transportar até 2.044 passageiros. Operação será totalmente automática
Ilustração com o visual do trem da Linha 6-Laranja (Alstom)
Ilustração com o visual do trem da Linha 6-Laranja (Alstom)

A concessionária Linha Uni e a Alstom apresentaram nesta quarta-feira (26) o projeto dos trens Metropolis que serão usados na Linha 6-Laranja de metrô.

As composições de seis carros terão capacidade para transportar até 2.044 passageiros e serão operadas de forma automática, sem a necessidade de operador a bordo, o chamado UTO (trens sem operadores em inglês).

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Os trens da Linha 6-Laranja terão uma máscara frontal nas cores preta e laranja enquanto as laterais contam com faixas também laranja e em azul. Não está claro se o acabamento das caixas será o aço inoxidável ‘natural’ ou com uma aplicação da cor cinza.

 

Os trens não terão cabine de comando, como ocorre nas linhas 4-Amarela e 15-Prata
Os trens não terão cabine de comando, como ocorre nas linhas 4-Amarela e 15-Prata

Os 22 trens encomendados pela Linha Uni serão fabricados em Taubaté (SP) e as primeiras caixas já foram concluídas, explicou a empresa.

As imagens divulgadas mostram um layout semelhante nas extremidades, com ausência de cabine de comando e um painel coberto. A diferença, a princípio, é que os Alstom não terão saída de emergência pela frente e sim pelas laterais.

O salão da composição apresenta apenas assentos laterais, supostamente para oferecer mais espaço para os usuários que viajam em pé.

Segundo nosso cálculo, serão 252 assentos para uma capacidade de 2.044 usuários. É mais do que levam os trens Hyundai Rotem da Linha 4 – lá as composições acomodam 306 pessoas sentadas e 1.946 ao todo.

Outra característica das composições serão as portas que se abrem para fora, num sistema semelhante ao dos trens da Série 2000 da CPTM. É mais uma solução voltada a oferecer mais espaço interno e janelas maiores.

Salão de passageiros do trem da Linha 6-Laranja
Salão de passageiros do trem da Linha 6-Laranja

Intervalos de até 75 segundos entre os trens

Segundo a Linha Uni, os novos trens terão portas mais largas, grandes janelas e sistemas modernos como contadores de passageiros, mapas dinâmicos de linhas, monitores, vigilância por vídeo, sistema óptico de detecção de fumaça e sistema de extinção de incêndio, e até detectores de descarrilamento.

O intervalo normal do ramal será de 2 minutos, mas a operação poderá ser feita com headway de apenas 75 segundos no pico. Durante o horário de movimento, até 20 trens poderão circular simultaneamente.

Uma novidade serão as portas que se abrirão para fora
Uma novidade serão as portas que se abrirão para fora

“Com tecnologias de ponta e um compromisso contínuo com a inovação, estamos projetando um sistema de mobilidade urbana que oferece transporte seguro e confiável. Esta abordagem com certeza vai melhorar a experiência do usuário, e estabelecer novos padrões para o futuro da mobilidade urbana em São Paulo”, disse Jaime Juraszek, CEO da Linha Uni.

“Estou extremamente orgulhoso em ter um projeto tão importante como o da Linha 6-Laranja em nosso portfólio. Este empreendimento, que é um marco na mobilidade urbana da América Latina tanto pelo tamanho como pelo financiamento inovador, é um testemunho do nosso compromisso contínuo com o Estado de São Paulo e com o Brasil”, acrescentou Michel Boccaccio, Presidente da Alstom no Brasil e Diretor Geral para América Latina,

A previsão fornecida pela Linha Uni e Alstom é que os primeiros trens sejam entregues entre o final de 2024 e o começo de 2025. A operação da Linha 6-Laranja está programada para ter início em outubro de 2026, inicialmente no trecho Brasilândia-Perdizes, e o trajeto completo no final de 2027.

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19 comments
  1. Banho de agua fria pra quem pensou que seriam como os trens da linha 4, com marcara frontal que vira passarela de emergencia.
    Tomara que sejam bons pelo menos.

    1. Banho de água fria pra quem? Heuehehehe esse sistema nunca sequer foi utilizado, nunca foi um diferencial positivo, continuam sendo trens bem projetados pelo oq se viu

  2. alstom sempre fazendo um péssimo trabalho, que trens feios 😬 pelo visto a linha amarela vai ser eternamente a única com aspecto de linha nova já que a laranja vai nascer com aspecto de 50 anos de idade

    1. Não achei o trem feio, mas esses bancos vão ser iguais do Metrô estatal… duros e sem conforto, diferentemente da L4. Até os trens novos que estão na L9 tem bancos confortáveis.

    2. Realidade: os trens mais bonitos do sistema são da alstom

      Mas acho q nunca teremos uns trens bem robozão aqui no brasil q nem os série 2000 do metrô de seul, q acho o auge do design de trem futurístico, se tratando de máscara

    3. Alstom fazendo um péssimo trabalho? Não sei onde já que a Alstom é a melhor construtora ferroviária que tem no momento, só ver o trem Frota G, é o trem com o menor índice de falha por km rodado do metrô de São Paulo.
      A Acciona fez a escolha certa quando escolheu a Alstom para fazer os trens da Linha 6-Laranja. Eu ficaria decepcionado se fosse outras construtoras aí que tem nas outras linhas e que dão muitos problemas.
      Gostei também dos bancos serem de plástico, são mais higiênicos e fáceis de limpar do que esses com estofados, que encardem com o tempo e juntam fungos e bactérias. No geral este trem está do jeito que tem que ser um metrô mesmo, um trem urbano subterrâneo e totalmente automatizado e não um trem regional como alguns pensam que é.

  3. gostei da posição dos assentos, deixando o meio com mais espaço para que as pessoas não fiquem nas portas , sem aqueles assentos de lado desconfortáveis que não cabe a perna e você fica batendo o joelho na pessoa que está do lado

  4. Antes de ler o título da matéria, a ilustração me fez pensar ser algo referente ao metrô de Belo Horizonte, e após ler o título me fez imaginar o trem com as cores da CPTM, já que o design da máscara remete aos trens da Companhia. Particularmente não curto os novos projetos da Alstom, parece que tudo é muito parecido ao que já existe, principalmente em relação ao salão de passageiros, talvez por hoje os trens modernos serem padrão em praticamente todas as linhas.
    Mas como é apenas uma ilustração, espero que quando o trem estiver finalizado me surpreenda positivamente.

  5. Eu não gostei de não ter bancos transversais, só longitudinais como eram os 1700 e 4400 da CPTM, não gosto de viajar sentado só de lado sem ver direito o trajeto que o trem percorre sentado de frente ou até de costas, mesmo que seja só no subterrâneo! O layout da máscara deveria ser melhor, é muito esquisito, parece um veículo batido e essa cor laranjona também não ajuda muito, o design da cabine deveria ser melhor e a cor da linha mais discreta, que o Metrô pelo menos capriche melhor no design dos futuros novos 44 trens e que os bancos não sejam desse jeito aí, não gosto dessa disposição de bancos!

  6. Gostei desses trens, até que em fim vão fornecer trens do metrô só com assentos longitudinais, dará mais espaço para o corredor quando o trem estiver lotado.

    Também gostei das portas correrem pelo lado de fora, facilita na manutenção e permite que as janelas sejam maiores.
    Só acho que sua frente deveria também deveria ter passagem de emergência como nos trens da linha 4.

    Esse trem é muito parecido com trem que a Alstom forneceu para o metrô de Sydney que também opera sem operador.
    Vejam no link:

    https://www.youtube.com/watch?v=Kh1OlR8NBm0&pp=ygUSc3lkbmV5IG1ldHJvIHRyYWlu

  7. Temos aqui 3 dados que não passam de teóricos (ou mesmo utópicos até).

    A capacidade de até 2.044 pessoas considera 8 pessoas em pé/m²; portanto, totalmente surreal.

    Para o “tolerável” de até 6 pessoas em pé/m² (que para hoje já é BEM lotado, tendo em vista as características físicas da população atualmente; tanto que muitas vezes nem 6/m² está cabendo mais, por isso sobra tanta gente nas plataformas), neste caso, a capacidade máxima desse futuro trem da L6 não passa de 1.580 pessoas no total (já incluindo todos os sentados). Ou seja, quase 500 pessoas a menos por trem do que a capacidade informada.

    Para o trem da L4, a situação é a mesma. A sua capacidade real, dentro do “tolerável”, é de até 1.500 pessoas aproximadamente no total.

    Não cabem 2 mil pessoas em um trem com 6 carros (com 130 m de comprimento). Só cabem em um trem com pelo menos 8 carros (com pelo menos 170 m de comprimento).

    Os bancos longitudinais foram uma escolha bem acertada, pois ajudam na acomodação e no aumento de espaço para a maioria que viajará em pé.

    E sobre o dado mais utópico de todos, os 75 segundos de intervalo, talvez se for reduzido o tempo de parada nas plataformas para menos de 5 segundos (ou seja, é literalmente o trem parando e já partindo da estação sem ninguém conseguir entrar e nem sair dele), aí pode ser que TALVEZ consigam, em condições NÃO operacionais portanto, um mínimo de uns 75 ou 80 segundos.

    Mas como a realidade é outra, então…

    Sempre duvidem de qualquer promessa de intervalo operacional real abaixo de uns 105/110 segundos.

    É preciso contestar e duvidar de todos esses dados superinflados e surreais.
    Afinal, metrô é meio de transporte e não tenda de milagres desafiando as Leis da Física e o limite do bom senso.

  8. Gostei desses trens!
    Excelente que eles sejam fabricados aqui no Brasil, movendo a nossa indústria. Precisamos disso.
    Eu só acho que uma parte dos bancos deveria ser transversal, desde que não sejam exprimidos como os dos trens da Linha-4.
    Também achei interessante o design dianteiro, bem diferenciado. Lembra até o Darth Vader de Star Wars!

  9. Ola Ricardo e amigos presentes
    O layout desses trens me fizeram lembrar do Lula quando esteve em Campinas-SP para ver um conjunto habitacional para pessoas humildes, e ele perguntou porque não aproveitavam e colocavam uns poleiros para os moradores se acomodarem, então para que bancos laterais, tira de uma vez ué, vai mais passageiros. A turma das linhas azul, verde e vermelha estavam totalmente errados quando protestaram com a tentativa de implantar esse sistema por lá há alguns anos, não e mesmo? Antes de trocarem os trens velhos que iam para Francisco Morato, eu fiquei preso num banco desses por mais de uma hora, e garanto foi uma das piores situações que eu já vivi, e aqui na linha 4 os primeiros bancos a serem ocupados são sempre os transversais, principalmente por mulheres e pessoas que sofrem de claustrofobia, labirintite ou se sentem melhor assim. Alguns aqui acharam as composições muito feias e eu diria que poderia ser melhor vejam este exemplo que é do mesmo tipo:-
    https://www.caf.net/en/soluciones/proyectos/proyecto-detalle.php?p=267#
    Se houver um pouco de boa vontade acho que poderiam aderir ao meio termo, alguns vagões nesse padrão e outros no modo das linhas amarelas, lilas, azul, verde, vermelha, linha prata e dos trens metropolitanos que depois que começaram a ser trocados não teve mais esse modelo, ou tem e eu não estou sabendo.

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