Linhas 8 e 9 tiveram queda na demanda de passageiros em julho

Ramais operados pela ViaMobilidade tiveram queda de 2 a 5 por cento na média diária de usuários, na contramão de linhas metroviárias, que ainda crescem
Composição da Série 8900 (Jean Carlos)
Composição da Série 8900 (Jean Carlos)(Jean Carlos)

A ViaMobilidade experimentou um movimento atípico de passageiros nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda em julho. Em vez de ver a demanda crescer aos poucos, como ocorre em outros ramais metroferroviários, o número de usuários diários caiu.

Segundo dados divulgados pela concessionária, houve uma redução de 1,8% na Linha 9 e de 4,9% na Linha 8 se comparado com números de julho de 2023.

Na prática, a Linha Esmeralda teve um movimento médio de 409.400 passageiros em dias úteis contra 416.760 no mesmo período do ano passado.

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Em 2024, o ramal apresenta crescimento, mas bem menor do que o visto em 2023.

Queda na Linha 9 foi de 1% e na Linha 8, de 5%
Queda na Linha 9 foi de 1% e na Linha 8, de 5%

A Linha 8-Diamante, por sua vez, é a que mais parece afetada pela queda na demanda. Foram transportados em média 305,7 mil passageiros por dia no mês passado, 15,6 mil usuários a menos do que em julho de 2023.

Vale dizer que o ramal já tem perdido passageiros desde abril, mas o número de julho é de longe o pior.

Receita cresceu mais que demanda no 1º semestre

O movimento de passageiros nas duas linhas de trens metropolitanos contrasta com o consistente crescimento no número de usuários em outros ramais administrados pelo grupo CCR.

A Linha 4-Amarela, da concessionária ViaQuatro, teve 5,3% de crescimento na demanda de janeiro a julho enquanto a Linha 5-Lilás, da ViaMobilidade Linhas 5 e 17, um aumento de 11%.

Extensão da Linha 5-Lilás terá duas estações
Movimento das linhas 4 e 5, também administradas pela CCR, está em crescimento (Jean Carlos)

A situação de aparente estagnação já havia surgido no relatório de resultados da CCR Mobilidade referente ao 1º semestre.

Embora tenha havido um pequeno crescimento na receita (2,8%), o aumento de demanda foi marginal, de apenas 0,9%, só compensado pelo reajuste da tarifa de remuneração devida pelo estado.

Vale lembrar que os contratos de concessão redigidos pelo governo possuem cláusulas de demanda em que um movimento abaixo do projetado justifica pedidos de reequilíbrio econômico para o parceiro privado.

 

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  1. “receita cresceu mais que demanda no 1° semestre”, uma frase que já diz muito sobre hahaha. Espero que essa empresa sucumba com os que defendem concessão (lê-se doação) com todos os aportes necessários pra empresinha mequetrefe descer o sarrafo na questão confiabilidade e conforto e mesmo assim banhar no dinheiro ostentado pelo papai estado

  2. Julho é mes de férias escolar, portanto um mes atípico por natureza, não serve de parametro! vamos ver como se comporta de agosto até o final do ano!

    1. Edmundo, o ex- governador João Dória quebrou as férias de um mês em Julho e partiu em semanas no decorrer do ano, por isso muitos estudantes estão na escola, então, serve de parâmetro sim!

      1. Vejamos o calendário da Secretaria de Educação do Estado (2024)

        – encerramento do 1º semestre: 08 de julho;
        – início do 2º semestre: 29 de julho;

        O calendário da Universidade de São Paulo (2024)

        – encerramento do 1º semestre: 2 de julho
        – início do 2º semestre: 5 de agosto

        O calendário da Universidade Nove de Julho (2024)
        – encerramento do 1º semestre: 9 de julho
        – início do 2º semestre: 5 de agosto

        Onde está essa quebra de férias? Dória? Estamos em 2024 e o governador é Tarcísio de Freitas.

        Então em julho ocorreram férias escolares nos mais diversos estabelecimentos de ensino. Assim, o mês de julho não é parâmetro por ter férias escolares

    2. Errado, a comparação foi feita com o mes de julho do ano passado, logo a pesquisa tem sentido pq foi a comparação de um mesmo mês de 2 anos.

      E o Doria quebrou as férias, hoje não existe mais “férias de 1 mês” em julho. Agora é só 2 semanas em Julho, 1 semana em Outubro e outra em Abril.

  3. Julho não é parâmetro, mas a questão ali é clara: caiu a confiabilidade no serviço e o usuário se afugentou. O caso da L8 é bem explícito, a linha decaiu com a saída dos 8000 e com a má vontade da nova empresa em relação a ela. Nos ultimos anos da CPTM quando a frota era nova e padronizada, o número de usuários era crescente e as falhas eram menores. Tudo se encaixa, mas infelizmente alguns preferem não enxergar a realidade.

  4. Só que tem um fato em relação a 8 que deve ser analisado também: ali fala que ”desde abril está em queda”, mas foi exatemente nessa época em que a extensão operacional foi fechada para reformas, perdendo em torno de 6 mil usuários ao dia e também a questao da reforma no trecho Barra Funda – Julio prestes

  5. A linha 9 é mais apertada que uma lata de sardinha e ainda há cláusula de demanda?

    Ou seja, é interesse para a concessionária que haja usuários o bastante para viajarem completamente expremidos.

    1. É isso que alguns aqui ignoram. Se o objetivo é lucro e ele se dá transportando mais passageiros, por que não o fazer usando o mínimo de trens? Essa lógica já é muito bem utilizada pelas empresas de ônibus, é claro que seria transportada para os outros modais.
      O pior é ler que isso é “eficiência” da iniciativa privada.

  6. O Fato é que essa concessionária acabou com o que era bom nas linhas 8 e 9….

    E muitos usuários estão buscando outras alternativas e o sentimento é 1 só: O dia que eu puder sair fora dessa linha, eu vou sair.

  7. Hoje embarquei em um trem novo da Alstom em Itapevi, linha 8, por volta das 6h20 da manhã. o trem estava notoriamente com problemas, sujeira, ar condicionado e não havia sinalização sonora de fechamento de portas, que aliás, virou algo normal na Via Imobilidade. em relação aos trens velhos, nem se fala, o pior de todos os problemas é o atraso, superlotação, não há mais constância nos horários, parece que o trem parte quando dá na telha do operador, os trens estão sujos, e fedidos, são, de longe, os piores trens da malha ferroviária de SP. Ah, e não podemos nos esquecer das pessoas que estão conseguindo viajar nas cabines de operação no meio dos trens sem que nenhum funcionário tome providências, parece que o ramal está prestes a ficar sucateado. Resumindo, o serviço é um lixo e se alguém acha que está minimamente bom, deve ser funcionário da Imobilidade ou parente do governador, simplesmente lamentável, o pior serviço de todos

    1. Mas quem defende é quem não usa mesmo. Voltou tudo de pior nessas linhas, principalmente na 8 que ela mais ignora. É revoltante isso aí

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