LinhaUni mantém plano de contar com estação 14 Bis liberada para passagem do tatuzão

Canteiro de obras aguarda retirada de material arqueológico para iniciar escavações e preparações para chegada da tuneladora
Imagem aérea da estação 14 Bis em junho (iTechdrones)

As obras da Linha 6-Laranja, responsabilidade da concessionária LinhaUni, seguem em bom ritmo. O Tatuzão norte está escavando em direção a estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado e o sul deve chegar no próximo mês a estação PUC-Cardoso de Almeida.

Após PUC-Cardoso de Almeida, a tuneladora sul seguirá para as estações FAAP-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim, finalizando seus trabalhos num poço localizado algumas centenas de metros à frente.

Se tudo parece dentro do cronograma, a situação da estação 14 Bis pouco evoluiu. Na atualização de dezembro do site da concessionária, a estação tinha apenas 7,16%, ou seja, não houve praticamente avanço nenhum nesta estação durante 2023.

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O motivo é conhecido: a existência de sítio arqueológico encontrado no terreno e que tem gerado algum ruído entre a empresa, o governo do estado, o IPHAN, Ministério Público e organizações não governamentais. A despeito de existir uma empresa especializada nesse tipo de trabalho (A Lasca), várias vezes houve a tentativa de suspender a retirada do material por razões diversas.

Um dos sítios arqueológicos na estação 14 Bis (Acciona)

Cerca de 18 meses até a chegada do tatuzão

A questão é que, com o avanço da tuneladora sul, a Acciona, construtora que executa as obras, terá de pensar em um plano B caso o imbróglio se prolongue por mais tempo. Com o tatuzão a meio caminho de PUC-Cardoso de Almeida, restam aproximadamente 4 km para ele chegue nas proximidades de 14 Bis.

Sempre que o tatuzão chega em uma estação, ele é arrastado pelo local onde ficarão no futuro as plataformas até a outra ponta a fim de continuar a viagem. Neste período, ele também recebe uma manutenção antes de continuar os trabalhos.

O site fez um cálculo bastante genérico que aponta que a tuneladora poderia chegar à 14 Bis dentro de 15 a 18 meses, ou seja, em meados de 2025. Como não há uma previsão de quando os trabalhos de remoção arqueológica acabarão, hoje parece impossível arriscar uma previsão.

O Tatuzão Sul pode chegar na região de 14 Bis em meados de 2025 (GESP)

LinhaUni segue no Plano A

Questionada sobre este possível problema, a LinhaUni afirmou que segue atrelada ao plano original, de concluir a laje de fundo de 14 Bis para que o tatuzão seja recebido da mesma forma que em outras  estações.

“A futura Estação 14 Bis está com atividades essenciais de obra anteriores ao processo de escavação.  Importante ressaltar que o resgate arqueológico é um processo normal de obras desse porte e que está sendo realizado de acordo com as diretrizes dos órgãos competentes. Até o momento, a metodologia de escavação com TBM é a mesma planejada desde o início do projeto, que inclui o arraste dentro das estações já construídas,” explicou a empresa em nota enviada ao site.

Caso as obras não acelerem na estação 14 Bis a ponto de conseguir receber o tatuzão a tempo, existem algumas alternativas possíveis. Uma delas seria parar a tuneladora até que fosse possível concluir a laje, mas isso apenas em caso de uma espera de curto prazo.

Outra hipótese já usada em outras escavações é seguir o trajeto sem parar em 14 Bis, instalando anéis de concreto que seriam removidos posteriormente. Isso ocorreu na estação Campo Belo, da Linha 5-Lilás, que também atrasou mas por conta de redes subterrâneas que não estavam mapeadas corretamente, além de um problema de desapropriação.

O tatuzão sul deixou a estação Perdizes em 30 de outubro, rumo à PC-Cardoso de Almeida

Nesse caso, as escavações ou não teriam nem começado em meado de 2025 ou então estariam num estágio muito inicial, que faria a tuneladora esperar tempo demais. Vale observar que as alternativas citadas aqui são apenas fruto da análise do site – a LinhaUni em momento algum informou qualquer outra estratégia para seguir a obra.

Continuando com a nossa análise, outro ponto de preocupação diz respeito à abertura do primeiro trecho da Linha 6-Laranja, entre Brasilândia e Água Branca, previsto para 2026. Para que a Acciona possa finalizar essa etapa será preciso desmontar toda a infraestrutura usada para  descarte de resíduos da tuneladora sul, que hoje são retirados no VSE Tietê, nas margens da Marginal Tietê.

Ou seja, se houver algum atraso, uma opção seria mudar esse local para algum ponto como VSE Pacaembu, entre as estações FAAP-Pacaembu e Higienópolis-Mackenzie. Por enquanto, resta torcer para que o trabalho arqueológico seja encerrado em breve as obras possam ganhar o mesmo ritmo do resto do projeto.

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4 comments
  1. voce esta no brasil aonde um juiz qualquer para uma obra ela já esta atrasada pelo
    menos 1 ano.Povi otario acredita em po
    liticos.

  2. zé povinho atrasado atrás de sítio arqueológico. Pra esses atrasa lado do progresso, quanto pior melhor kkk

  3. Mesmo com tantos problemas, a Acciona continua a desempenhar um excelente trabalho. Cadê o povinho reclamando da iniciativa privada???

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