Metrô abre caminho para gerar energia elétrica em estações

Última assembleia geral extraordinária deliberou por incluir no estatuto social da empresa a geração de energia para consumo próprio. Estação Ipiranga da Linha 15-Prata deverá ser a primeira a ganhar sistema de geração por energia solar
Nova estação também dará acesso à Linha 10-Turquesa
Nova estação também dará acesso à Linha 10-Turquesa

O Metrô de São Paulo realizou uma alteração em seu Estatuto Social abrindo margem para a geração de energia elétrica nas estações, uma das metas perseguidas pela companhia.

A informação consta na ata da Assembleia Geral Extraordinária da companhia realizada no dia 1º de agosto.

A reunião contou com a presença de representantes  da Fazenda do Estado e do município de São Paulo. A direção do trabalho ocorreu por Milton Frasson, presidente do conselho de administração.

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A assembleia deliberou de forma unânime por realizar a alteração do artigo 2º, item IV do estatuto social do Metrô de São Paulo. Foi incluído no texto a possibilidade de geração ou autoprodução de energia, com foco em consumo próprio.

Projeto do gerador fotovoltaico (CMSP)

“IV. construção e comercialização, direta e indireta, admitida a coparticipação da iniciativa privada, de prédios residenciais e ou comerciais, bem como projetar, executar, administrar, direta ou indiretamente, outra qualquer obra de interesse público e da empresa, participação em empreendimento de geração de energia na modalidade de autoprodução (ou produção independente) destinada preponderantemente ao consumo próprio nas atividades-fim, observada a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL”

Implicações

O efeito direto dessa mudança no Estatuto Social da empresa é a adoção de novas formas de geração de energia dentro da estrutura metroviária existente. Destacam-se projetos como o da Estação Ipiranga da Linha 15-Prata e o da Estação Brás da Linha 3-Vermelha.

Estação Ipiranga da Linha 15 (CMSP)

Em ambos os casos, o foco principal é o de gerar energia proveniente de fonte solar para uso dentro das instalações do Metrô. Tal recurso poderia gerar economia significativa de custos ligados à energia.

Cabe citar que, a princípio, a energia seria utilizada apenas nas estações, não sendo o foco principal, pelo menos em primeiro momento, alimentar sistemas de tensões mais elevadas, como a alimentação dos trens.

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  1. achei bem legal está ideia do metrô, espero que isto seja incluído nos contratos de concessão para que todas as linhas passem a contar com projetos que contém com isto e nas estações onde não for possível isto, o metrô opte pela compra de energia verde no mercado.

  2. Ao contrário das nossas “casinhas”, grandes consumidores de energia elétrica são tarifados pela energia conforme o horário de utilização, e os picos de consumo simultâneo. Coincidentemente, o horário de pico do metrô é exatamente o mesmo da rede elétrica, ajudando a aumentar ainda mais preço pago às fornecedoras. 💸💸💸

    Investir em autogeração de energia, mesmo que restrito às cargas comuns (lâmpadas, computadores, televisores), traria uma redução significativa na conta de luz do metrô, e deveria sim ser previsto como obrigação das futuras concessionárias.

  3. Racionalizar o uso de energia é uma ótima iniciativa, porem a economia será irrelevante, como de praxe a CPTM sempre é tratada como serviço de 2ª categoria considero um exagero, creio que se confundiu com a futura anexa do Metrô pois após uma análise arquitetônica mais apurada e detalhada pode se concluir que esta nova estação terminal da Linha 15-Prata de acordo com as plantas apresentadas será simples e com acessos as plataformas laterais da Estação Ipiranga da CPTM, portanto não possuirá nada de inovador e moderno, pois a maioria das estações da CPTM já estão em superfície, com abundância de iluminação natural.

    Os problemas maiores do projeto são as questões da integração, funcionabilidade, acessibilidade e intermodalidade, comprovadamente inferiores ao que foi feito em Tamanduateí, pois não é que resolveram procrastinar de novo, e ainda não será desta vez e a população desfrutara daquele amplo e moderno Polo Intermodal ou Terminal “Huber” o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) no Ipiranga unificado prometido com inumeráveis utilidades e englobava as terminações das Linhas 5-Lilás e 15-Prata com amplo acesso a ociosa linha central da CPTM que funcionaria como linha pendular para aliviar todas as Linhas provenientes do Alto Tietê através da Linha 2-Verde, aparece na foto anexa e que sempre aparecem em papel nas maquetas ilustrativas como as do Pari, Alto da Mooca, São Carlos, Bom Retiro, Água Branca entre outras não será edificado, pois este atual projeto não possui aquelas benfeitorias e sim será uma estação simples com acesso a velha estação Ipiranga, com a população sendo ludibriada mais uma vez!

    Ao mesmo tempo se constrói estações e se estende linhas em locais e linhas de concessões com Mendes Natal, Varginha entre outras por conta do Estado, as concessionárias mantem altos gastos com publicidades enganosas como as verbas desta expansão fossem delas, pois nesta gestão a CPTM é tratada como serviço de 2ª categoria!

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