O Metrô de São Paulo está avançando com o projeto de sistemas da extensão da Linha 2-Verde, que levará o ramal de Vila Prudente até Penha.
Enquanto as obras civis prosseguem, a companhia está providenciando estudos e projetos para implantar os vários equipamentos e softwares necessários para a operação da linha.
Dois deles são o sistema de alimentação elétrica e de telecomunicações. Para acompanhar esses projetos, o Metro abriu nesta terça-feira um pedido de manifestação de interesse, com o intuito de convidar empresas que queiram participar do processo.
O chamamento vai até o dia 25 deste mês, quando se espera que os potenciais interessados apresentem suas credenciais.
Veja também: roda de corte do tatuzão da Linha 2-Verde é instalaada
“Os consultores interessados deverão fornecer informações que demonstrem que possuem as qualificações exigidas e a experiência relevante para fornecer os serviços de análise, aprovação, fiscalização, suporte técnico e jurídico referentes ao projeto executivo e implantação dos sistemas de Alimentação Elétrica, Auxiliares e de Telecomunicações em estações metro-ferroviárias, conforme detalhado no Termo de Referência, bem como comprovar experiência no gerenciamento técnico e administrativo de contratos tipo Planta do Banco Mundial”, explica trecho do pedido de manifestação de interesse (PMI).
A Linha 2-Verde possui atualmente 14 estações e opera com o sistema de sinalização CBTC, alimentação elétrica por terceiro trilho e trens com bitola de 1,60 m. Trata-se de um “pacote” diferente de projetos recentes da companhia, que utilizaram a bitola internacional e a alimentação elétrica aérea – isso sem contar o monotrilho, um projeto inédito até então.
Na extensão da Linha 2 será preciso compatibilizar a infraestrutura existentes com as novas provisões, o que pode ser algo delicado já que o ramal continuará operando enquanto é adaptado para receber oito estações novas e trens mais modernos.
Interligação de paineis
Uma das informações interessantes que constam do termo de referência diz respeito ao sistema de alimentação elétrica na extensão, que “foi concebido para ser suprido através de duas Subestações Primárias 88/138 – 22 kV, sendo um setor elétrico composto pelas subestações de 22 kV existentes entre as estações Orfanato e Guilherme Giorgi e o outro setor elétrico composto pelas subestações de 22 kV entre as estações Aricanduva e Dutra”, diz o documento.
No entanto, a extensão irá operar inicialmente como um prolongamento do sistema de energia elétrica fornecido pela subestação de média tensão da estação Vila Prudente, hoje em operação.
Um sinal da complexidade de interligar “duas linhas” diferentes em uma está também nos sistemas de emergência em caso de falha. A operação conta com um painel de transferência automática de setores (TAS) existente na Estação Tamanduateí, mas a extensão deverá contar com um equipamento semelhante em Anália Franco.
Os dois paineis deverão ser integrados para em caso de pane seja possível manter o ramal em serviço. Todo o escopo desse e de outros serviços relacionados aos diversos sistemas de alimentação elétrica e telecomunicações deverá ser acompanhado pela futura consultoria a ser contratada.
O Metrô ainda prepara a licitação de 44 novos trens que serão usados na Linha 2-Verde e que irão operar em modo GoA4, ou seja, totalmente automatizados, como na Linha 4-Amarela. A companhia também está estudando juntamente com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos qual a melhor solução para implantar o sistema de controle de trens CBTC no trajeto de oito estações. A Alstom, atual fornecedora desse sistema, não tem a extensão prevista em contrato.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A Linha 2-Verde até Penha deverá ser inaugurada em duas fases, a primeira em 2026 e a segunda em 2027.