O Metrô de São Paulo publicou nesta terça-feira (05) no Diário Oficial comunicado de instauração de procedimento de anulação e retomada da licitação 10002680 que previa a instalação de portas de plataforma em 36 estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A medida ocorre após julgamento de uma ação popular que contestava o contrato assinado pela companhia com o consórcio Kobra e que decidiu anular o certame.
Na decisão de 2ª instância, os de desembargadores acompanharam o voto do relator Carlos Von Adamek, que não viu motivos justos para que o Metrô tivesse desclassificado o consórcio PSD-SP, que havia feito a proposta de menor valor (R$ 316 milhões). O concorrente, formado pelas empresas MPE Engenharia e Serviços S/A e Zhuzhou CRRC Times Eletric Co., Ltd., acabou afastado da concorrência porque o Metrô considerou que os atestados técnicos, que deveriam comprovar experiência em portas de plataforma com pelo menos 2,1 metros de altura e conexão com o sistema de sinalização, foram apresentados em linhas diferentes.
Em vez disso, a companhia selecionou o consórcio Kobra em , formado pelas empresas sul-coreanas Samjung Tech, Woori Technologies, a Husk Eletrometalúrgica e MG Engenharia e Construção Ltda, que fez uma proposta de R$ 342 milhões, ou R$ 26 milhões mais cara. No entanto, entre os sócios, havia uma empresa recém criada, a MG Engenharia, cujo sócio principal havia sido apontado como réu num processo que investiga desvios na obra do Rodoanel Sul. Logo que a empresa foi selecionada, o executivo decidiu sair da sociedade e colocou em seu lugar o filho que na época tinha apenas 18 anos.
O Metrô tentou várias vezes contestar a suspensão do projeto, estabelecida por meio de liminar enquanto o julgamento não ocorria. Alegou que o contrato já estava em execução e que haveria prejuízos à população por conta do atraso na instalação das portas, cujos componentes já estariam em fabricação. O argumento não convenceu a Justiça, que manteve o impedimento até dezembro, quando houve a decisão contrária à companhia.
Segundo o relator do caso, o Kobra não terá direito a qualquer ressarcimento pelo que investiu já que assinou o contrato ciente de que poderia ser afastado. O desembargador também previu que funcionários do Metrô podem vir a ser responsabilizados com o pagamento de perdas e danos se incorrerem em culpa.
O projeto
O Metrô lançou o projeto de instalação de portas de plataformas nas três linhas mais antigas do sistema em 2018. A meta era contratar 88 fachadas de PSD que seriam instaladas em 36 estações, a maioria nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha. O objetivo é reduzir acidentes e também atrasos no fechamento das portas dos trens e a meta era que elas estivessem concluídas até 2022.
Os recursos para o projeto vieram de sobras de financiamento das obras da Linha 5-Lilás, ou cerca de R$ 360 milhões. A licitação ocorreu após anos em que o Metrô havia contratado outro consórcio para instalar as PSDs na Linha 3 e que só concluiu uma estação, Vila Matilde.
Embora a companhia não tenha detalhado o processo de anulação e retomada, é provável que o consórcio PSD seja chamado para apresentar os documentos de habilitação já que fez a proposta mais barata. O outro consórcio que participou do certame, o Telar, havia solicitado um valor de R$ 374 milhões.
Ótimo 😀, as portas de plataforma são mais seguras, fim das quedas nós trilhos!
“Bombardier recebe aumento de R$ 1 milhão em projeto do Metrô que deveria ter sido concluído em 2014”
Contrato de implantação do sistema CBTC e das portas de plataforma foi assinado em 2011 com prazo de conclusão de três anos, mas empresa até hoje não terminou serviço.
Neste um contrato do Metrô completou nove anos de sua assinatura, o que previa a implantação do sistema de sinalização CBTC e das portas de plataforma nas 17 estações da Linha 5-Lilás.
Aqui mais uma demonstração da preocupação com a segurança dos passageiros do Metrô que apresenta poucos acidentes, e o vão e a plataforma seguem o gabarito e estão dentro das normas NBR-14021 da ABNT, enquanto que na CPTM a exemplo que acontece na Supervia não.
eu quero estar vivo para ver o dia que cair a blindagem do PSDB de SP. vai ser tanta sujeira, tanta lama …
o vlt de cuiabá, onde já foi gasto mais de 1 bilhao, foi um projeto adulterado onde a CAF comprou o governo do MT e duas analistas do ministerio das cidades para falsificar laudos. imagina o que já deve ter rolado aqui no estado de SP nesses varios contratos com a STM …