O Metrô de São Paulo assinou pela terceira vez um contrato para implantar o sistema de alimentação elétrica da Linha 17-Ouro. Após incumbir um consórcio liderado pela empresa Isolux e depois chamar o segundo colocado da licitação para assumir o projeto, a companhia assinou um novo documento com o Consórcio Ferreira Guedes Adtranz na segunda-feira, 19 de dezembro.
A empresa terá 21 meses para concluir o serviço, que permitirá que os trens de monotrilho possam circular nas oito estações do ramal e também no Pátio Água Espraiada. O prazo passa a contar a partir da emissão da primeira ordem de serviço, que tem 30 dias para ocorrer. Ou seja, o trabalho deverá ser finalizado por volta do segundo semestre de 2024.
A primeira fase do contrato prevê a elaboração do projeto executivo. Após sua aprovação pelo Metrô, será então autorizado o início das obras, que preveem a construção de uma nova subestação de energia em um terreno onde existe uma estrututura semelhante usada pela Linha 5-Lilás, na Avenida Bandeirantes. Cabos de energia serão então passados pelo subsolo do bairro do Campo Belo até a Avenida Roberto Marinho, onde serão conectados às vias.
Não se se sabe se por conta dos seguidos atrasos dos dois contratos anteriores, o Metrô decidiu dividir toda a implantação em fases, chamadas de Termos de Aceitação Provisória. Há cerca de 120 desses termos listados que incluem desde a instalação de sistemas de média e baixa tensão e tração a ar-condicionado, iluminação e tomadas e até um posto de combustível no pátio.
O contrato de alimentação elétrica é crucial para que a imensamente atrasada Linha 17-Ouro entre em operação. Atualmente, o Metrô tem dois outros contratos principais em andamento, o de sistemas, que prevê a construção de 14 trens pela BYD SkyRail, e o de obras civis remanescentes, com o Consórcio Monotrilho Ouro. Ambos ainda estão em fases intermediárias, mas sem disponibilidade de eletricidade, muito ficará pelo caminho.
Como mostrou este site, o Consórcio Ferreira Guedes Adtranz não é estranho a esse escopo. As empresas que o compõem eram sócias do consórcio anterior, junto da TSEA, e que desistiram do contrato sem que isso se refletisse em alguma penalidade em participar do novo certame. Agora renomeadas como parte do grupo Agis, a Agis Construção e a Agis Sistemas terão a missão de cumprir de fato os compromissos assumidos perante o Metrô. O valor a ser pago será de R$ 564 milhões.
Trata-se de um projeto que foi originalmente contratado em 2013, mas cujo primeiro vencedor, o controvertido grupo Isolux-Corsan, desistiu sem realizar praticamente nada. Em seguida, o Metrô chamou o 2º colocado, o consórcio Adtranz-Ferreira Guedes e TSEA (então Toshiba). Novamente, a implantação falhou com pouca coisa tendo sido realizada. A razão teria sido um pedido da própria companhia para suspender os trabalhos diante dos impasses em outros projetos.
Com relação a empresa LMTE, da Gemini (Isolux), responsável pelo apagão no Amapá, será premiada com o recebimento integral do valor da conta de energia.
A causa do apagão do Amapá ficou evidente e totalmente esclarecida é que a empresa não possuía um plano de contingência, sem equipe técnica preparada e equipamentos reservas como transformadores e máquinas para a movimentação pesada para possibilitar o retorno do serviço á subestação, mas a maior punição já foi aplicada pelo governo Bolsonaro ao pagador de impostos, que terá de bancar a conta de luz dos amapaenses. A empresa LMTE, da Gemini (Isolux), responsável pelo apagão, será premiada com o recebimento integral do valor da conta de energia. O custo bilionário da negligência será bancado com a volta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o crédito e cartões de crédito de quem já é explorado pelos bancos.
Ou seja a linha não abre antes do segundo semestre de 2024.
12 anos de obras pra uma linha de 7kms e 8 estações, simplesmente bizarro.
Pra mim essa linha não ficará pronta NUNCA