Uma fase decisiva para a expansão da Linha 5 – Lilás do Metrô teve início neste mês. A empresa Bombardier, contratada para instalar um novo sistema de sinalização de trens no ramal, deve começar os testes dinâmicos a partir de agora. A empresa canadense, no entanto, corre contra o tempo para concluir a mudança no sistema a tempo de permitir que novas estações sejam abertas.
Batizado de CBTC, o novo sistema que controla o tráfego de trens na linha é mais moderno e eficiente, porém, de demorada implantação. O Metrô, por exemplo, está há anos lidando com a versão fabricada pela francesa Alstom e que hoje é usado apenas no fins de semana na Linha 2 – Verde. Hoje o ramal opera com o antigo sistema ATC, que embora robusto, não permite um intervalo de trens baixo como o CBTC.
A Linha 5 foi inaugurada em 2002 utilizando o mesmo ATC. No entanto, com a abertura da extensão até Chácara Klabin, o Metrô optou por mudar o sistema e, para isso, encomendou os novos trens da linha instalados apenas com CBTC. Entretanto, hoje a linha vive um dilema: os oito trens originais, da Alstom, não darão conta de cobrir o trecho caso haja mais alguma extensão e os trens da CAF não funcionam com o atual sistema.
Segundo respostas obtidas pelo site via SIC, o Metrô testará ambas as frotas com o sistema CBTC, mas não revela qual o prazo para conclusão dos testes: “O início da Operação Comercial depende dos resultados a serem obtidos nos testes dinâmicos”, diz o comunicado.
Em tese, a Bombardier terá até o final de 2016 para tornar o CBTC seguro na linha 5 já que a mais recente previsão do governo é que as próximas estações sejam abertas no início de 2017 – Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin. Caso atrase, o CBTC pode impedir que o ramal seja expandido, uma obra que já acumula atrasos há bastante tempo.
CBTC
O sistema CBTC (Communications-Based Train Control, ou Controle de Trens baseado em Comunicação) utiliza antenas e receptores que permitem que cada composição seja visível em qualquer parte da via, ao contrário do ATC, que sabe dizer apenas se um trem está num trecho especifíco ou não. Com isso, é possível aproximar mais os trens e assim transportar mais pessoas com segurança.
Hoje a única linha com CBTC operacional é a 4 Amarela, que utiliza um sistema fornecido pela Siemens. Operada pela Via Quatro, a Linha 4 também utiliza outro avanço do sistema, a possibilidade de trens sem condutores, o chamado ‘Driverless’. Todo o comando dos trens é feito via CCO e de forma automática.