O Metrô inicia neste sábado, 6, as obras para ampliação da estação São Joaquim, da Linha 1-Azul para implantar a ligação com a futura estação de mesmo nome da Linha 6-Laranja.
Os trabalhos, nesta primeira semana, envolvem a colocação de tapumes na calçada da rua Vergueiro (sentido Centro), no trecho entre a rua Dr. Siqueira Campos e 150 metros após a rua São Joaquim.
Já no dia 13 de abril, os tapumes serão ampliados e fechados na parte central da Rua Vergueiro, onde há uma ciclofaixa. Parte da calçada será preservada para o fluxo de pedestres e os ciclistas deverão compartilhar o passeio neste trecho, desmontados das bicicletas.
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A previsão da estatal é que esta fase da obra leve 150 dias. As medidas visam remanejar redes de utilidade pública do local como água, esgoto, gás e energia elétrica.
O Metrô espera que a nova ligação quadruplique a demanda de passageiros da estação São Joaquim da Linha 1-Azul, hoje. Como atualmente passam por ela em dias úteis cerca de 25 mil pessoas, está se falando de um público de 100 mil usuários.
As obras serão tocadas pelo Consórcio Telar/Construbase/GROS-São Joaquimque assinou contrato em setembro de 2023.
Em janeiro, a CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, concedeu a Licença Ambiental de Instalação, que permite o início das obras na antiga estação, aberta em 1975.
A licença tem duração de seis anos e deve ser suficiente para que as obras sejam concluídas com folga, afinal o prazo de execução é de 38 meses.
O projeto, no entanto, flerta com o risco de que a Linha 6-Laranja seja inaugurada em 2027 sem conexão direta entre as duas “São Joaquim”.
Acho muito engraÇada essa Árvore bolota. Hahahaha Mandaram bem! é assim mesmo na vida real.
Não é um modelo pra ser realista é pra mostrar as áreas dedicadas a árvore
uma vibe meio super mario world, deveríamos aderir
Cronograma super apertado, se conseguirem cumprir, deve dar pra inaugurar junto com a segunda fase da linha laranja.
O objetivo é esse.
A readequação de São Joaquim é muito bem vinda e deveria inspirar readequações nas estações da Linha 1 Azul, que completam meio século de funcionamento. As estações subterrâneas da primeira fase do metrô (abertas entre 1974 e 1975) guardam características de seus projetos caóticos: são mal desenvolvidas, possuem salas técnicas minúsculas, espaços desperdiçados e reservados para futuras escadas que nunca foram necessárias, linhas de bloqueio compactas, corredores estreitos, acessibilidade ruim (sendo que elevadores eram previstos desde 1970 nas estações) etc.
Na época os projetos das estações foram entregues para empresas alemãs e foram considerados insuficientes e subdimensionados. Como as obras já haviam sido iniciadas com esses projetos ruins (inclusive os orçamentos foram feitos com base neles), o Metrô contratou o arquiteto Marcelo Fragelli para readequar tudo. Foram Fragelli e sua equipe quem salvaram o Metrô de um fracasso total nas estações. Posteriormente os arquitetos da equipe de Fragelli aperfeiçoaram continuamente os projetos das estações e venceram diversos prêmios da Bienal de Arquitetura.
Após meio século de operação, o Metrô precisa reformar essas estações e sanar esses problemas oriundos de um nascimento forçado.
Não só as estações da L1, Ivo, mas também as estações sob a Avenida Paulista sofrem desse mesmo problema.
Além do mais, o espaço deixado para eventual instalação futura de mais escadas rolantes pode ter sido inútil em Saúde e, principalmente, em São Judas, mas justamente em São Joaquim sempre fez falta mais escadas rolantes por causa do pico dos estudantes (do período da noite), no fim da tarde/início da noite (entre 18:30 e 19:15), em especial na plataforma sentido Jabaquara.
Porém, nunca instalaram e, por muitos anos, deixaram os estudantes correndo risco naquela plataforma, fazendo “fila” para conseguirem subir em uma única miserável escada rolante, na qual cada trem que chegava despejava ainda mais gente em uma plataforma ainda cheia de gente do trem anterior.