Os soteropolitanos tiveram de aguentar mais de uma década de frustrações com o Metrô para virar o jogo. Nesta segunda-feira (05), a cidade ganhou sua segunda linha, menos de dois anos após terem sido iniciadas as obras do trecho.
Com a abertura parcial da Linha 2, Salvador ganha mais três estações, uma delas de conexão com a Linha 1 (Acesso Norte) e duas novas, Detran e Rodoviária. A expectativa é de dobrar o volume de passageiros, de 50 mil pessoas para 100 mil usuários por dia. Ainda se trata de um volume muito pequeno para um sistema de alta capacidade, mas a tendência é que mais pessoas passem a utilizar o metrô à medida que a rede seja ampliada.
Somadas, as duas linhas agora oferecem mais de 14 km de extensão com 10 estações (considerando Acesso Norte em conjunto). Quando finalizada, a Linha 2 terá 23 km e 13 estações. A próxima etapa da obra será inaugurada em maio do ano que vem com mais quatro estações. Em seu formato final, o metrô baiano terá 41 km e 23 estações, ficando atrás apenas dos sistemas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Nas mãos privadas
A velocidade com que abriu o novo trecho contrasta com a lentidão da expansão de outras linhas pelo Brasil. Entre as diferenças do Metrô Bahia está o fato de ser uma PPP, administrada pela concessionária CCR Bahia. A empresa assumiu a operação e as obras de ampliação por um período de 30 anos.
Não se trata da primeira PPP do gênero no país, porém, a CCR encontrou condições favoráveis para colocar em prática o projeto como volume pequeno de desapropriações e de investimento comparado a projetos semelhantes como o da Linha 6-Laranja, em São Paulo.
Isso não tira o mérito da eficiência da empresa e de seu parceiro público em tirar do papel o sistema. Um sinal de que quando o objetivo de todos é o mesmo, ou seja, oferecer um serviço rápido e eficiente, os problemas são superados com mais facilidade.