Após registrar R$ 1,7 bilhão de prejuízo no ano passado, o Metrô de São Paulo começou 2021 ainda mais afundado em dívidas. Segundo dados divulgados pela companhia que opera quatro das seis linhas metroviárias da capital, o resultado do primeiro trimestre foi negativo em R$ 462 milhões.
Trata-se de um aprofundamento da situação que já marcava o desempenho da empresa no início de 2020, quando fechou o primeiro trimestre com um prejuízo acumulado de R$ 312,6 milhões. Em outras palavras, o rombo financeiro neste ano é 48% maior do que no mesmo período do ano passado.
A explicação para esses números decepcionantes é conhecida: queda na arrecadação por conta das restrições de deslocamentos durante a pandemia ao mesmo tempo em que a companhia não consegue reduzir seus custos no mesmo ritmo.
As receitas do Metrô entre janeiro e março foram de quase R$ 342 milhões, ou 45% menos do que em 2020. A maior queda ocorreu nos repasses de gratuidades feitos pelo governo do estado (65%). Por outro lado, as receitas não tarifárias, que reúnem patrocínios, aluguéis de espaços e outros serviços, tiveram uma redução menor, de 31,6% (veja tabela abaixo).
Distanciamento social
Mas é na incapacidade de cortar os custos que o Metrô acaba por expandir seus números negativos. As despesas operacionais, por exemplo, caíram bem menos do que a demanda de passageiros. Foram quase R$ 244 milhões neste trimestre contra R$ 324 milhões em 2020, queda de 24,7%, ou seja, quase a metade da redução de receita.
Nesse sentido, o Metrô vive um dilema entre manter uma operação suficiente para evitar gargalos em horários de pico ao mesmo tempo em que precisa evitar aglomerações em estações e trens. Como o site mostrou, a companhia conseguiu cumprir a meta de manter a lotação de suas composições com até 2 passageiros por m².
Mas se é necessária por uma questão de saúde, a medida afeta drasticamente o faturamento já que os trens circulam com menos pessoas do que comportam – e não estamos falando de vagões abarrotados.
Estrutura engessada
No entanto, a maior dificuldade que a empresa enfrenta é mesmo com os custos administrativos. Os chamados serviços prestados, que reúnem o gasto com pessoal, materiais e serviços terceirizados, caiu apenas 8% na comparação entre 2021 e 2020.
Eles representam nada menos do que R$ 551 milhões ou quase 70% de todas as despesas do Metrô. Desde o começo da quarentena, a empresa fez ações de cortes de custos pontuais e até obteve alguma redução, mas que não chega a impactar de forma significativa no balanço geral.
Com isso, o governo do estado necessita fazer repasses frequentes para que as contas fechem. É fato que o transporte público sobre trilhos tem um papel primordial na mobilidade urbana e por conta disso justifica injeções de recursos, mas é preciso saber até que ponto a empresa não pode ser mais eficiente.
Medidas para ampliar as receitas têm sido tomadas pela atual administração, como a ampliação da concessão de espaços comerciais nas estações e terminais de ônibus anexos ou em projetos inéditos como o de geração de energia elétrica, uso dos túneis para serviços de telecomunicações ou no mais recente projeto de “naming rights“.
São atitudes importantes, mas que têm reflexos pequenos se o Metrô não voltar a transportar a quantidade de passageiros de antes da pandemia. Até lá, será difícil conter esse “sangramento”.
Nada que tenhamos que nos preocupar. O Governo do Estado vai cobrir esse rombo bilionário e vida que segue.
Agora que Companhia do Metrô informou que fechou o primeiro trimestre de 2021 com prejuízo de R$ 462 milhões, aumento de 48% em relação a 2020, quando já começava a sentir os efeitos da pandemia, por que não se discriminou por linhas, assim sendo como ficou a reparação dos prejuízos causados pela longa paralização por meses da Linha 15-Prata e o resultado da conclusão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) que é um organismo altamente qualificado para uma avaliação dos acontecidos foi uma decisão sensata, pois a grandiosidade do empreendimento não se podia deixar as análises dos fatos ficarem restritas as opiniões dos fabricantes dos trens Bombardier e da empresa de engenharia executora das obras o consórcio CEML sobre o risco de grande perda de segurança e confiabilidade.
Na atual situação financeira do estado é importante e imprescindível que se faça a retomada seletiva e rigorosa pelos que possuem chances consistentes e reais de retorno do investimento, e mais benefícios traga a população principalmente no atual cenário econômico, e não ficar anunciando novas linhas de forma simultânea, dispersa e aleatória como vem está acontecendo.
Aí nossa, uma empresa bilionária não imaginava que aconteceria isso!? É uma nota descabida, só querem faturar e superfaturar orçamentos pra encher os bolsos. Nos Poupem!!!!!!