Uma situação um tanto quanto surreal pode ocorrer em julho, a escolha do Metrô de São Paulo como operador da primeira linha metroviária do Equador, na capital Quito. A empresa do estado é uma das finalistas da concorrência aberta pelo governo do país e da capital para colocar em operação o ramal de quase 23 km e 15 estações que está prestes a ter sua construção concluída pela Acciona.
Concorre com o Metrô paulista a operadora do Metrô de Medellin, na Colômbia, que se associou com a empresa francesa Transdev. Ao todo, 15 participantes demonstraram interesse em assumir a operação e manutenção da linha de Quito, mas dois deles, a Renfe (Espanha) e a TMB, operadora do sistema de Barcelona, além da Companhia Chilena de Transportes de Passageiros do Metrô, em sociedade com o Metrô de San Domingo (República Dominicana) não apresentaram propostas.
Também participaram da primeira fase grandes empresas europeias como a francesa RATP e a alemã Deutsche Bahn, além da japonesa Hitachi Rail.
“Com o contrato assinado para a operação do metrô, teremos dado o passo definitivo para lançar este sistema de transporte moderno e eficiente, porque em dezembro de 2022 a viagem começará”, afirmou o gerente geral do Metrô de Quito, Efraín Bastidas. A previsão é que o vencedor seja revelado no dia 15 de julho.
Os detalhes das propostas não foram revelados, mas causa surpresa que o Metrô de São Paulo esteja participando sem um parceiro privado. Mais experiente operadora metroviária da América do Sul, a empresa tem todas as condições de realizar o serviço proposto.
Não deixa de ser curioso, no entanto, que o Metrô tenha repassado parte de suas linhas na capital paulista para a iniciativa privada. Se for escolhido vencedora, a companhia paulista se transformará em concessionária de um sistema estrangeiro enquanto vê o governo do estado inclinado a oferecer novos ramais metroviários para a iniciativa privada.
O Metrô de Quito começou a ser construído em 2013 com uma linha de traçado que vai do norte ao sul da capital. O ramal, que já custou cercade US$ 2 bilhões, irá operar com uma frota de 18 trens fabricados pela espanhola CAF.
Cabe observar que a concessão das linhas do metrô de São Paulo não foram feitas pelo Metrô. O Poder Concedente é o Estado de São Paulo, que optou por suas próprias razões fazer a concessão de algumas linhas.
Quando a matéria sai da informação e entra a opinião, ai vira um desastre. Todos sabemos da excelente capacidade operacional do Metrô mas eu acho que o foco das concessões se devem muito mais a falta de capacidade de investimento do estado, além da incompetência administrativa por parte dos políticos e suas promessas que nunca se concretizam
Certo… e qual a competência privada até o momento nas linhas concedidas?
A única obra que a ViaMobilidade deveria fazer caiu no podre Rio Pinheiros. Quase 5 anos de concessão e continua tudo igual.
A prova que o metrô de São Paulo é qualificado para operar outros sistemas, mostra que as linhas de SP jamais deveriam ter sido concedidas. Ainda deixo um questionamento; quem são os acionistas por trás do grupo que opera as linhas privadas, políticos de algum partido que governa o estado a 30 anos?
Eu publiquei isso no SkyScrapercity com o link do jornal equatoriano no thread do Metrô de São Paulo, mas o pessoal do fórum equatoriano que eu visito de vez em quando disse que seria melhor uma operadora europeia, o porquê eu não sei!
Ótima notícia, o metrô de São Paulo tem todas as condições e competência para assumir uma linha de metrô internacional quem diria ehem, isto é um tapa na cara para esse governo que só quer entregar as linha do metrô e da cptm para a iniciativa privada e graça a Deus que uma certa concessionárias que vem querendo abocanhar todas as empresas de transporte seja de trem, metrô ou monotrilho com o foco totalmente 100% no lucro, custe o que custar, não pode participar desta concorrência pelo bem dos cidadãos daquele país , pena que para nós paulistas não tivemos a mesma sorte
E estranho de mais por que o caixa do metrô tá engessado por altos salários do superiores e ter dinheiro para operar fora do país
Será que vai ter greve também na calada da noite pegando as pessoas de surpresa igual aqui..
Deixa eu desenhar…. As linhas paulistas cedidas a iniciativa privada, estão em tal situação pelo governo estadual não ter dinheiro para construir, e com essa parceria, é concedido por um tempo para a empresa que construiu… Lembrando que o metrô de São Paulo, é considerado mundialmente um dos melhores em questão da manutenção, gestão e limpeza, pode sair pelo mundo e irá verificar isso, se ganhar a gestão e conseguirem implantar a mesma filosofia daqui lá, com certeza eles terão um ótimo serviço prestado
a questão das concessões é puramente politica e serve para atender os interesses do empresariado. nunca foi uma escolha técnica ou muito menos falta de verba.
para quem acha que o problema é falta de verba, vamos lembrar que o estado acaba de renunciar a 4,4 bilhoes em ICMS da gasolina. só esse valor renunciado é maior que o valor que a CCR deverá investir nas linhas 8 e 9 nos proximos 30 anos (3,2 bilhoes de reais).
vamos lembrar tambem que a construção da linha 4 amarela, mais de 90% do custeio é do estado, sem contar que o pagamento de multas contratuais e a remuneraçao da concessionaria , q já ultrapassou 6 reais de tarifa tecnica, com gasto colossal de verba publica.
e tambem temos o TIC (q eu acho q não sai esse ano), q o governo promete injetar 80% do custo, q na ultima avaliaçao ultrapassou a casa dos 10 bilhoes. tudo isso numa gambiarra q na visao mais otimista diz q vai transportar 60 mil passageiros por dia …
entao, dinheiro nao é um problema para o estado mais rico da naçao. o problema é quem administra.
Dinheiro não é problema? Consultem o site da transparência federal para descobrir que menos de 10% do que é arrecadado fica por aqui. Além disso, as últimas administrações federais foram um desastre em investimentos em mobilidade urbana para São Paulo, que recorre a empréstimos e concessões para garantir sua capacidade de investimento. Em 3 décadas o estado construiu com recursos próprios as linhas amarela, lilás, jade, prata e ouro. Um partido que virou sinônimo de corrupção ficou metade deste tempo no governo federal e não teve a capacidade de investir o mínimo na RMSP, que representa mais da metade da movimentação sobre trilhos no país. Alpha cities, como São Paulo, recebem investimentos federais em mobilidade. São Paulo é um caso único no mundo em expansão do seu sistema de trilhos metropolitano, já que depende exclusivamente de investimentos do estado. Ainda assim, possui a maior e melhor malha metroferroviaria do país.
então me explica porque seu querido governador renunciou a 4,4 bilhoes de reais. Se a grana é tão pouca, porque fez essa irresponsabilidade em ano eleitoral?