Metrô de São Paulo mira tornar-se autossustentável financeiramente até 2027

Plano de longo prazo da companhia estabelece que dentro de três anos haverá uma taxa de cobertura financeira de 119%, aumentando o potencial para geração de lucro. Redução do custo de transporte por passageiro também está entre as metas da empresa
Metrô de São Paulo procura tornar a empresa mais eficiente (Jean Carlos)
Metrô de São Paulo procura tornar a empresa mais eficiente (Jean Carlos)

A gestão do Metrô de São Paulo pretende adotar para os próximos anos metas ambiciosas para melhoria do desempenho operacional, visando à expansão, qualidade e satisfação dos passageiros. A estratégia de longo prazo 2023-2027 detalha estes compromissos.

Em matérias anteriores já focamos nos aspectos de sustentabilidade financeira e também nas perspectivas sociais do serviço que está em constante expansão.

Nesta matéria, adentramos os aspectos de processos internos, ou seja, atividades realizadas pela própria empresa com objetivo de melhorar os indicadores de satisfação, cobertura financeira e custo operacional.

Plano de negócios do Metrô de São Paulo (CMSP)
Plano de negócios do Metrô de São Paulo (CMSP)

Neste sentido, o primeiro objetivo estratégico da empresa é a melhoria do desempenho, eficiência e segurança operacional. Os principais indicadores são o aumento da satisfação dos passageiros, atingindo 71% até 2027.

Outro indicador é a diminuição do consumo de energia dos carros. A meta é que até 2027 o consumo de energia para a movimentação de um carro metroviário seja de 2,77 kWh/km rodado.

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A companhia também deverá focar na revisão de processos internos. A meta para 2023 foi de 25% de revisões efetuadas. Até 2027 todos os subprocessos deverão ser revisados.

Em termos financeiros, o Metrô de São Paulo tem metas ambiciosas. No objetivo estratégico “Reduzir os custos e as despesas” são englobados dois indicadores. O primeiro é a taxa de cobertura global, que é a relação entre receitas e gastos.

A proposta é sair de um cenário desfavorável de cobertura insuficiente, para obter até 119,61% de cobertura dos gastos, gerando mais receitas até 2027.

Redução de custos no longo prazo (CMSP)
Redução de custos no longo prazo (CMSP)

Para além de gerar mais receita, a empresa pretende reduzir os custos operacionais sensivelmente. Em 2023, a meta da companhia era chegar a um custo de R$ 3,28 por passageiro transportado. Em 2027, o custo a ser atingido pelo Metrô deverá ser de R$ 2,60 caso as metas sejam atingidas.

Por fim, o último parâmetro a ser avaliado é o relacionamento com as partes interessadas, sobretudo os passageiros. A métrica avaliada é a favorabilidade dentro das redes sociais do Metrô, metida sobretudo pelas reações positivas. O foco da empresa é obter até 2027 pelo menos 49% de reações positivas dos usuários nas redes.

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18 comments
    1. Fez parte do slogan da campanha do Metrô-SP em uma campanha recente: “A melhor forma para se flexibilizar o que ocorre atualmente nos sistemas públicos de transporte é o de se evitar e minimizar aglomerações e superlotações, e com relação aos usuários, é o de se deslocar da sua origem e destino com um mínimo de transbordos possível em menor tempo diário”, ou seja, se divulga uma constatação louvável e se promove uma mudança completamente antagônica, demonstrando que se está mais preocupado com as concessões que com os usuários!? E proclama a extinção da “Linha Integradora-710” que beneficia 95%, inclusive os da ViaMobilidade e não só os usuários desta Linha.
      Os atuais critérios de promover concessões e lançamento de novas linhas não estão levando em conta a agilidade, os custos, o prazo, e a opinião dos usuários como nós e são feitos em locais em escritórios que se trabalha com ar condicionado não levando em conta o perrengue diário que passamos com a mobilidade.
      Com as inumeráveis postergações das obras físicas os gestores veem colecionando fracassos com sucessivos erros de planejamento ignorando o “Plano diretor”, divulgando e iniciando e interrompendo a execução de novas linhas Metrô em detrimento da CPTM de forma concomitante sem concluir as que estão iniciadas, invertendo prioridades, fazendo politicagem com os projetos, desperdiçando o dinheiro público com concessões afoitas, priorizando TIC em detrimento dos Trens Metropolitanos tais explanações podem ser comprovadas em diversas atitudes descabidas.
      Não precisa ser um expert para perceber que político age como se fosse uma biruta, divulgando prioridades de empreendimentos de acordo com suas conveniências já se estão preparando um trampolim político no financiamento das próprias campanhas políticas nas concessões afoitas, e não na mobilidade e o bem-estar da população.

  1. pelo amor de Deus gente integrador é 710 nunca existiu foi jogada política para eleger o Rodrigo Garcia 90% da linha 7 desce na Barra funda não vai para ABC somente 3% que vai para o ABC.

    1. Entendo que deverias estudar um pouco mais. Tecnicamente e logisticamente, as “linhas” 7 e 10 sempre foram uma só antes da década de 60, pois o trecho como está hoje existe desde entre Paranapiacaba e Francisco Morato com loopings independentes (a paralização de um trecho não bloqueia o outro) desde os tempos da Santos a Jundiaí da RFFSA. O que foi acertadamente resgatado pela Linha Integradora-710, que conta com a unanime aprovação da grande maioria dos passageiros.
      E agora os planejadores do governo querem extinguir a Linha Integradora-710, “alegando ela não ser compatível” com o pretendido projeto de concessão.
      O foco da CPTM não será mais o transporte público!? A prioridade agora é a rentabilidade do concessionário!?

      O trecho entre as estações *Pirelli e *Lapa é o que possui a maior capacidade de se eliminar e redistribuir as múltiplas baldeações desnecessárias e desconfortáveis em estações de passagem do Metrô / CPTM, além de possuir uma linha ociosa disponível subutilizada entre Capuava e Brás, diminuindo o tempo de viagem, e de se prestarem a ser uma das estações de trens de passageiros Intercidades TIC, as estações da Luz e Brás não podem servir de terminal como foi no passado, o chamado a Linha Integradora-710 é um sucesso e a consolidação do projeto “Integração Centro” do que quaisquer outras linhas, em nome da logística e do conforto dos usuários, e aumentar a verdadeira integração com o conceito de alta funcionalidade de todas as linhas do Metrô e CPTM sem uma única exceção conforme demonstrarei;
      *ABC Pirelli _Linha 14-Onix (projeto)
      *Matarazzo_ Linha 18-Bronze (projeto)
      *Tamanduateí _ Linha 2-Verde.
      *Ipiranga _ Linha 5-Lilás e Linha 15-Prata (projeto)
      *Brás _ Linha 3-Vermelha, Linha 11-Coral, Linha 12-Safira e Linha 13-Jade.
      *Pari _ Linha 11-Coral, Linha 12-Safira, Linha 13-Jade e Linha 19-Celeste (projeto)
      *Luz _Linha 1- Azul e Linha 4-Amarela.
      *Bom Retiro _ Linha 8- Diamante (projeto)
      *Barra Funda _ Linha 8- Diamante e Linha 11-Coral.
      *Água Branca _ Linha 6-Laranja Linha 8- Diamante (projeto)
      *Lapa _ Linha 8- Diamante e Linha 9-Esmeralda (projeto)
      *Ainda neste trecho entre as propostas pontuais estão a construção das Estações ABC Pirelli, do Pari, Parque da Mooca (São Carlos), revitalização da Júlio Prestes, Bom Retiro, e inclusive da futura grande Estação integradora Metrô CPTM da Linha 6-Laranja na Água Branca que deveria ser priorizada e antecipada sua construção, e unificação das estações da Lapa.

    1. A desculpa predileta do metrô ser ineficiente com suas finanças é a câmara de compensação.

      Quando ela não existia, o metrô era igualmente ineficiente com as finanças. Porém era mais fácil manter uma ilha artificial de eficiência operacional no metrô enquanto a FEPASA era sucateada por falta de recursos.

      1. Não importa o que aconteça com o metrô, essa será a desculpa para quem defende a mesma de qualquer problema que ela tiver.

      2. ah claro que é uma desculpa, imagina

        o metrô passa a ser deficitário justamente quando a linha 4 passa a ter a operação plena, e valor que deveriam ser repassados ao metrô até 2014 ficam como “contas a receber”. a partir de 2015 o metrô passa a incluir em seu balanço financeiro esse valor como prejuízo. e a partir daí o rombo só aumenta.

        mas claro que a câmara de compensação não tem nada a ver com isso, imagina …

        1. Uma empresa que possui centenas de terrenos sem uso e gerando despesas como o metrô não pode reclamar de “câmara compensatória”.

          Uma empresa que faz o pior contrato de concessão do mundo (Praça Unitah), não pode reclamar de “câmara compensatória”.

          Uma empresa deficitária que paga participação nos lucros para seus funcionários como o metrô não pode reclamar de “câmara compensatória”.

          Os metroviários vivem em uma ilha onde nada falta enquanto o resto do estado é espremido para garantir a mordomia dos metroviários. Um dia essa mordomia iria acabar.

          1. não misture alhos com bugalhos

            as concessões geram prejuízos ao metrô e CPTM. até o próprio CEO da viaquatro em 2017 deu entrevista reconhecendo que o modelo praticado retirava recursos das empresas estatais, e que novas concessões deveriam ver se o modelo seria sustentável. isso pq na época só existia um contrato.

            sobre os terrenos e os contratos que vc citou: mudou alguma coisa com as concessões? vai mudar? vc acha que as pessoas que estão no alto escalão e que tomam essas decisões vão cair por causa disso? vc sabe tanto quanto eu que as pessoas apenas mudam de cadeira. o famoso cai pra cima. só olhar quem está hoje nos cargos altos da CCR, que estão indo para o grupo comporte, e como ex chefões trocam cargos comissionados por outros , ou viram “consultores”

            sobre espremer o estado, é piada né? sério mesmo que a plr dos metroviários espreme o estado? e os penduricalhos de juízes, desembargadores, procuradores, defensor público e demais cargos do judiciário? e as mordomias do legislativo? como vc explica o alto custo da alesp? como o TJSP custa sozinho mais que a STM toda?

            e ainda sobre plr, já viu a plr da CCR? já viu o quanto ela paga ao seus diretores? lembrando que o serviço é deficitário e o lucro é garantido por subsídio estatal. logo o estado quem banca a plr da CCR, além dos dividendos dos acionistas, como já foi divulgado várias vezes em jornais do mercado financeiro.

            acho que o que incomoda em vc e em outros é que no metrô os salários são mais satisfatórios. o que vcs desejam no fundo é tudo nivelado por baixo. vcs desejam um salário de fome, como na viamobilidade, onde um líder de manutenção não ganha mais que 3 salários mínimos, um vale alimentação é de 49 reais. enquanto um gerente ganha mais de 40 mil, fora o plr que pode ser mais que o dobro do salário. por isso a rotatividade é alta e a maioria dos trabalhadores é tudo jovens sem nenhuma experiência ferroviária. e se conhece os bastidores como se apresenta, sabe q é verdade o que estou escrevendo.

          2. só complementando o comentário do Guile

            quando a universidade pública só tinha os filhos da classe média e alta, era tratada como lugar de mais alto nível. quando começou a ser frequentada pelos filhos da classe baixa, virou “lugar de maconheiro e vagabundo”
            ser servidor público até os anos 2000 , principalmente nos anos 80 e 90, era visto com status e formado pela classe média pra cima. quando os cargos mais simples passaram a ser valorizados, o serviço público virou coisa de “vagabundo e encostado”.
            tem gente que não se conforma que um cargo de nivel técnico do serviço público ganhe um salário 4000 reais, enquanto no mercado engenheiro ganha isso, tendo que ter inglês avançado, disponibilidade para viagens, experiência de vários anos e tudo mais. o trabalhador não gosta de ver outro trabalhador sendo valorizado.

  2. Fica estranho em ver que o Metro quer ser autossuficiente, com os custos exorbitantes que ela mesma custa, mesmo que coloquem todos os ativos a venda, a bem da verdade é que não tem como trazer todos os usuários de transporte particular (carros e motos) para o sistema ferroviário, isso é quase uma utopia, fora que, aumentar essa demanda, sem nem ao menos revisar a demanda atual, é o mesmo que acontece em estações de metro no Japão em horários de pico, fica muita gente dentro de trens apertados, fora que aumentar essa demanda, cria outros prováveis problemas, como ter mais problemas mecânicos, devido ao aumento de passageiros, o mais importante seria que o Metro se tornasse uma empresa de planejamento e fiscalização, deixasse a operação para empresa que já tenham conhecimento pleno sobre o sistema, buscar uma maneira de integrar os sistemas ferroviários com sistemas rodoviários e quem sabe, futuramente se fundir a CPTM e se tornar uma agencia reguladora e fiscalizadora dos transportes sobre trilhos, assim como é a EMTU, o que muito provavelmente vai acontecer futuramente

    1. volta e meia aparece esse assunto de metrô e CPTM ficar apenas como órgãos fiscalizadores.

      fiscalizar de verdade não é tão simples e se torna tão inviável que é mais fácil o serviço ser executado pela própria empresa do que fiscalizar.

      fiscalizar de verdade exige um corpo técnico altamente capacitado e que trabalhe in loco. e isso significa uma equipe quase do mesmo tamanho do que quando o serviço não fosse concedido.

      como vc garante que as revisões são feitas com o escopo completo? ou com a quilometragem correta? como vc verifica que as atuações de corretiva são efetivas ou apenas um enxuga gelo? como vc verifica se todos os procedimentos operacionais estão sendo executados de forma correta pela equipe de operação?

      hoje o que temos é uma fiscalização de papel. papel aceito tudo. apenas 3 pessoas na cmcp que fazem as fiscalizações do contrato, isso é quase a mesma coisa que nada.

      veja o caso do trem que andou de porta aberta. é um caso de falha copese. qual a punição para esse tipo de falha? foi falha operacional do maquinista? do cco? ou falha de projeto do trem? ninguém sabe. e só se sabe q teve esse problema porque foi gravado, senão ninguém saberia o que houve

  3. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou em 8/6/23 que o “Metrô de São Paulo terá um novo papel nos próximos anos”, assim como a concessão das linhas 11, 12 e 13. Segundo suas palavras, será uma “revocação”!?, um redirecionamento das funções da companhia, e em 30/6/23 Metrô informou vai contratar empresa para cuidar dos trens da Linha 15-Prata por dois anos; 5/7/23 lança licitação para construir casas para moradores da Favela de Vila Prudente; e finalmente em 7/7/23 mostrou suas verdadeiras intenções na matéria neste site “Privatização do Metrô de São Paulo deve ocorrer em 2025, com a CPTM inclusa”!?
    Até onde querem chegar os dirigentes com estes desvirtuamentos das inúmeras questões crônicas mal resolvidas das verdadeiras atribuições de funções da direção do Metrô/CPTM?
    Para tanto convocaram mais um forasteiro para fazer a função de “marionete” totalmente despreparado para presidência do Metrô, o sr. Júlio Castiglioni Procurador do estado do Espírito Santo.
    Já existiam fortes indícios que foi prometido nas fantasiosas campanhas eleitorais não seriam concretizadas, porém finalmente ficaram explícitas mostrando suas verdadeiras intenções na matéria neste site e nas intenções de mudanças do terminal da Linha 13-Jade para Barra Funda, com a Estação da Luz voltando a ser terminal da Linha 10, extinguindo o Serviço-710 prejudicando TODAS as Linhas da CPTM, principalmente a superlotada Linha 11-Coral, com a falácia de melhorias.

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