Metrô de Teresina é o primeiro no Brasil a operar 100% com tarifa zero

Sistema ferroviário também contará com três novos trens, reforma de cinco estações e construção de mais três. Expansões futuras estão sendo planejadas
Metrô de Teresina conta com tarifa zero (GEPI)
Metrô de Teresina conta com tarifa zero (GEPI)

O aumento na tarifa do transporte sobre trilhos ocorreu em algumas capitais. Enquanto as principais cidades optaram por reajustar a passagem, em Teresina, capital do Piauí, a tarifa zero foi implantada a partir desta terça-feira, 07, no sistema metroviário.

O Metrô de Teresina é o primeiro do Brasil a contar com tarifa zero integral em toda sua extensão. Em São Paulo, por exemplo, essa política se aplica às extensões operacionais, geralmente em pontos isolados da malha, ou em eventos específicos.

Anuncio de tarifa gratuita em Teresina (Wilson Martins)
Anuncio de tarifa gratuita em Teresina (Wilson Martins)

Novos trens

O sistema de Teresina, chamado erroneamente de “metrô”, é um dos mais carentes do país, mas está recebendo investimentos significativos. Dentre eles está a aquisição de três novos VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos).

O contrato para a aquisição de trens foi fechado pelo valor de R$ 97,1 milhões junto a SMF Serviços Metroferroviários Ltda. A Marcopolo chegou a participar do certame, mas não ofereceu a melhor proposta.

Os novos trens do tipo VLT serão propelidos a diesel. Serão duas unidades formadas por dois carros e uma unidade formada por três carros. O primeiro trem deverá ser entregue em 14 meses, ou seja, no primeiro semestre de 2026.

Trem do Metrô de Teresina (Moacir Ximenes)
Metrô de Teresinha ganhará novas composições (Moacir Ximenes)

Novas estações

Em novembro de 2024 foi entregue a reforma da Estação Dirceu. Outras cinco estações serão modernizadas e três novas paradas serão construídas nas localidades de Mafuá, Polo de Saúde e São João.

Os investimentos nestas melhorias somam R$ 335 milhões e devem ter duração de 24 meses. As melhorias também incluem uma segunda via férrea e a construção de uma nova ponte sobre o Rio Poti.

Via ferrea será duplicada e estações reformadas no Metrô de Teresina (Governo do Piauí)
Via ferrea será duplicada e estações reformadas no Metrô de Teresina (Governo do Piauí)

Expansões e nova sede

A proposta da atual gestão é de expansão do sistema para as regiões norte e sul de Teresina. O governo também cita um possível trem regional entre Altos (PI) e Codó (MA) que fazia parte da antiga E.F. São Luiz-Teresina.

A nova sede da Companhia Ferroviária e Logística do Piauí (CFLP) foi restaurada e está sediada na Estação Frei Serafim (antiga Teresina). A estrutura da estação é original de 1926 e foi tombada pelo Iphan em 2013

5 comments
  1. As receitas tarifarias seriam importantes para criar fluxo de caixa e retornar com mais expansões do sistema, porém o governo com decisão populista prefere engessar o sistema e deixara-lo deficitário por mais uma ou duas décadas.

  2. Ué, eu não conhecia essa empresa chamada SMF (Serviços Metroferroviários LTDA), de onde será que é essa empresa? Eu pensei que a Marcopolo Rail que iria ganhar a licitação por causa da experiência adquirida com a sua linha do Prosper VLT, é uma empresa já consolidada no mercado, essa outra aí é desconhecida, mas espero que produza bons trens de VLT para Teresina e se junte aos da Bom Sinal, que eu também acho bons quando bem cuidados!
    Eu sempre quis ver a modernização e expansão do sistema de lá desde quando os Trem Húngaro prestava serviços por lá, a região merece um transporte melhor e mais abrangente!

  3. Sou contra tarifa zero de transporte público.

    Tem que ser mais barato do que é hoje, reajustes tem que ser no mínimo possível, e as faturas deveriam mudar de valor baseado na renda do passageiro (isso se tiver um sistema de CPF na hora de comprar o bilhete).

    Mas ser totalmente gratuito? Não dá.

  4. Sem entrar no mérito da discussão (dos prós e contras) da tarifa zero no transporte público, daqui a pouco vão vir os defensores da cobrança de mensalidades em universidades públicas e, pior ainda, da cobrança de “coparticipação” no atendimento (incluindo internação hospitalar), serviços, vacinas e medicações no SUS (acabando de vez com o Sistema Único de Saúde brasileiro 100% gratuito e referência mundial).

    O “pensamento de direita” (em especial da extrema) está cada vez mais perigoso. Pior ainda quando vem do “pobre de direita”.

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