Metrô decide recolher trens da Frota K para troca de rolamentos

Composição dessa série foi a que descarrilou há duas semanas próximo a estação Corinthians-Itaquera. Resultado da investigação será divulgado nesta sexta (24)
Trem da Frota K
Trem da Frota K

O Metrô de São Paulo divulgou em nota que o resultado da apuração sobre as causas do descarrilamento de um trem da Linha 3-Vermelha no dia 7 de fevereiro será apresentado na próxima sexta-feira (24). A investigação é realizada pela COPESE, a Comissão Permanente de Segurança, mas um laudo do IPT também será feito – a companhia diz que enviará nesta semana as peças danificadas para o instituto.

Enquanto não chega a um resultado, o Metrô decidiu recolher seis composições da Frota K, da qual faz parte o trem acidentado (K15). Eles receberão um novo conjunto de rolamentos fabricado por outra empresa. A companhia já havia substituído 166 de 186 rolamentos em 28 trens da frota e agora completará a troca – requisitada pela comissão de segurança após outro descarrilamento, ocorrido em 2013. Segundo o Metrô, essas peças não foram incluídas na modernização dos trens, ou seja, permanecem como na época da frota original.

Em outra frente, a empresa explicou porque o sensor de descarrilamento não estava presente no trem em questão. De acordo com ela, eles foram retirados porque estavam se soltando do trem. Foi requisitado ao fornecedor uma solução para o problema. Mesmo assim, o Metrô enfatizou que eles não impedem que haja descarrilamento, apenas minimizam prejuízos materiais.

Frota “problema”

A modernização dos trens das frotas originais do Metrô foi decidida há quase uma década. A justificativa é que seria mais barato atualizar as composições com novos sistemas, layout interno e com a adição de ar-condicionado, não previsto nos primeiros trens. A licitação acabou dividida em quatro lotes que originaram as novas Frotas I, J, K e L. É justamente a Frota K, modernizada pelo consórcio MTTrens (formado pelas empresas T’Trans, MPE e Termoinsa) que tem dado mais dores de cabeça para o Metrô.

Ela acumula falhas graves como abertura de portas em ambos os lados, por princípios de incêndio e superaquecimento nos truques – além, é claro, do primeiro descarrilamento, em 2013.

Novo descarrilamento

Os detalhes sobre o acidente surgirão dias depois de um novo descarrilamento. Na madrugada da terça-feira (21) um trem da Frota F, da Linha 5-Lilás, saiu dos trilhos quando manobrava para chegar à estação Adolfo Pinheiro. Apenas nove passageiros estavam a bordo, mas nenhum deles no vagão que descarrilou.

Interior de trem modernizado pelo Metrô

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