A MetrôRio, concessionária que opera as três de linhas de metrô da cidade, anunciou nesta segunda-feira (29) que suas 41 estações de três linhas passaram a aceitar o pagamento da passagem com cartão de crédito da bandeira Visa. A cobrança é feita diretamente na fatura do cliente e pode ser feita não apenas pelo cartão com a tecnologia de aproximação NFC como também pelas chamadas “carteiras digitais” Apple Pay e Samsung Pay por meio de celulares, relógios e pulseiras.
O acordo entre as duas empresas é interessante por facilitar o acesso ao transporte sobre trilhos no Rio de Janeiro e também porque a Visa tem buscado compensar a queda nas taxas de uso das máquinas de pagamento graças ao aumento da concorrência nesse segmento. Por isso, a empresa tem buscado oferecer seu sistema no que é chamado de “microtransações”, quando o valor é bastante baixo. O modelo de cobrança segue em linha com que é feito em sistemas de transporte no exterior, como o de Londres, que comentamos nesta segunda-feira aqui no site.
E São Paulo?
Enquanto no Rio, que já usa os cartões há bastante tempo, a novidade chegou num tempo razoável, o Metrô e a CPTM em São Paulo até hoje não possibilitaram o uso de pagamento eletrônico em suas estações. Mesmo quando testou as máquinas de autoatendimento, o Metrô só ofereceu o pagamento em dinheiro.
Embora não tenha entrado em detalhes, a atual gestão tem dito que está em estudo um novo sistema de pagamento de tarifa que será mais moderno e também seguro. Hoje, a maior parte dos passageiros utiliza os cartões do Bilhete Único e do BOM, mas o primeiro é fornecido pela Prefeitura de São Paulo e tem sido vítima de fraudes constantes.
Já os bilhetes Edmonson seguem em uso nas bilheterias das estações e uma das razões, segundo ouviu o site, é que eles geram receita direta para as empresas do governo, ao contrário do BU, cujos valores seguem para uma câmara de compensação que prioriza o pagamento para as concessionárias como a ViaQuatro e ViaMobilidade. Por isso também uma coisa óbvia como a padronização dos bilhetes de CPTM e Metrô, que hoje só funcionam em cada uma, não ocorre.
No Rio, por outro lado, não há tarifa integrada entre o Metrô e a SuperVia, empresa que opera os trens metropolitanos. Cada empresa controla o seu próprio sistema de bilhetagem e cobrança.