Aos poucos, a demanda de passageiros nas 13 linhas metroferroviárias de São Paulo vai se aproximando dos níveis pré-pandemia. Em outubro, segundo dados do Metrô, CPTM e concessionárias, foram realizadas 120 milhões de viagens, melhor resultado desde março de 2020.
Foi naquele mês que as primeiras medidas de isolamento social foram adotadas pela administração pública, por conta do início da pandemia do Covid-19. O reflexo foi imediato, derrubando o tráfego de passageiros e afetando brutalmente a arredacação nas linhas.
Com afrouxamento das regras de distanciamento e o avanço da vacinação nos últimos meses, mais pessoas têm voltado a utilizar a rede sobre trilhos na Grande São Paulo. No mês passado, apenas a Linha 15-Prata transportou menos pessoas – 2,066 milhões contra 2,090 milhões em setembro.
Nas demais, o destaque ficou por conta da Linha 11-Coral, que voltou a transportar mais de 10 milhões de usuários em um mês, da Linha 9-Esmeralda, que passou a ser a vice-líder em movimento na CPTM, e da Linha 13-Jade, que superou a marca de 300 mil usuários pela primeira vez desde fevereiro do ano passado.
Comparado à justamente fevereiro de 2020, último mês de movimento normal, o ramal que atende as proximidades do Aeroporto de Guarulhos é o que está mais perto de atingir o mesmo nível de antes da crise sanitária. Foram apenas 2,3% a menos de passageiros em outubro, praticamente um patamar estável.
Em seguida está a Linha 12-Safira, que tem recebido melhorias em sua infraestrutura nos últimos meses. Ela apresentou uma queda de 8,6% em relação a fevereiro do ano passado. As linhas 7-Rubi e 11-Coral vêm a seguir enquanto a Linha 9 permanece com demanda 37% pior que antes da pandemia, a despeito da melhora recente.
No Metrô, a linha menos afetada é a 15-Prata, porém, o monotrilho ainda estava distante da sua capacidade 21 meses atrás, quando um incidente com uma peça de um dos pneus fez o ramal ser paralisado por várias semanas.
A Linha 5-Lilás, operada pela ViaMobilidade, é a que está mais perto da normalidade após a Linha 15. Foram quase 10,5 milhões de passageiros em outubro, 24% menos que no ano passado.
Patamar distante de outubro de 2019
No entanto, se compararmos os dados do mês passado com outubro de 2019, os números são ainda bastante modestos. Há dois anos, o sistema transportou ao todo quase 205 milhões de pessoas, 70% a mais do que agora.
A Linha 1-Azul, por exemplo, havia recebido uma demanda de 39,7 milhões de usuários contra somente 21,1 milhões no mês passado. O Metrô, por sinal, continua a ser o mais afetado nesse aspecto se comparado à ViaMobilidade e ViaQuatro e à CPTM.
Um sinal de que ainda falta bastante tempo até que a malha metroferroviária retome os níveis normais.
A malha metroferroviária não vai nunca mais retornar à lotação nível pré pandemia.
Com os novos investimentos em linhas e modernizações, o sistema metroferroviario paulista firma-se cada vez mais como um dos grandes sistemas de transporte mundiais.
Blablabla, assessoria do PSDB com comentários nada a ver com o artigo