A estreia do sistema de sinalização de trens CBTC na Linha 1-Azul teve mais um atraso confirmado. O Metrô programou o início da operação para junho em seu relatório de empreendimentos. Na esteira da mudança também estão as portas de plataforma das estações Jabaquara e Tucuruvi, que estão montadas desde o começo deste ano.
O trabalho de instalação do sistema e das portas está a cargo da Alstom, que também cuida da implantação na Linha 3-Vermelha. Em postagem em suas redes sociais na semana passada, o presidente do Metrô, Silvani Pereira, mostrou uma das fachadas de Jabaquara em testes de funcionamento. Segundo o executivo, haviam sido realizadas mais de 320 horas de simulações nas duas estações.
Um fato interessante compartilhado pelo executivo é que as portas de plataforma podem funcionar com o sistema ATC, que atualmente controla os trens. Trata-se de um sistema back-up que “é composto por uma série de sensores que identificam quando um trem está parado na plataforma e quando há movimentação da porta do trem para consequentemente acionar sua abertura ou fechamento”, explicou Silvani.
Portas na Linha 3
O contrato de mudança do sistema de sinalização nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha é bastante antigo. A Alstom teve enormes dificuldades para liberar o CBTC na Linha 2, quando então passou a se concentrar nos demais ramais. Embora o prazo de execução na Linha 1 seja bem menor até aqui, cada ramal tem particularidades na operação, que precisam de um processo de adaptação do software e equipamentos.
Já em relação à Linha 3, o Metrô informa que o CBTC estará funcionando em dezembro deste ano. Antes disso, as estações Palmeiras-Barra Funda e Corinthians-Itaquera deverão contar com as PSDs (como são chamadas na sigla em inglês) em agosto e outubro, respectivamente.
Em outro contrato, junto ao consórcio Kobra, os trabalhos avançam, já conta com a presença de chumbadores onde serão fixados os módulos de portas nas estações Belém e Bresser-Mooca. As fachadas dessas paradas estão sendo montadas num galpão da empresa antes de serem levadas para as dependências do Metrô. A previsão é que elas entrem em funcionamento ainda neste ano.