O Metrô assinou nesta quinta-feira, 7, o 4º aditivo contratual com o Consórcio Monotrilho Ouro, responsável pelas obras remanescentes da Linha 17-Ouro de monotrilho. Desta vez, a empresa do estado assumiu uma indenização de R$ 958,3 mil que será paga ao consórcio como parte de um desequilíbrio econômico-financeiro apurado.
Segundo o documento, o motivo seria o “aumento do custo do insumo do item Aço CA-50 – Fornecimento e Colocação – Preço nº 4.142.00, executado entre o período de julho de 2021 e janeiro de 2022, que totalizaram o quantitativo de 339,291 toneladas”.
O valor extra não onerá o contrato ou será considerado como um acréscimo dentro do limite de 25% previsto na legislação de contratações públicas. Além disso, o Metrô reajustou em R$ 2,55 milhões o contrato, que agora atingiu um valor de R$ 524,6 milhões, ou quase R$ 26 milhões a mais que o preço original, alta de 5%.
Execução do contrato longe do ideal
Se por um lado o consórcio tem visto suas demandas aceitas, por outro sua responsabilidade, entregar as setes estações e o pátio de manutenção, está longe de ser cumprida.
Segundo o contrato, assinado em novembro de 2020, a Coesa e a KPE, suas sócias, deverão concluir o escopo do projeto em junho de 2023, ou 30 meses após a emissão da ordem de serviço, que ocorreu em dezembro daquele ano, em evento presenciado pelo ex-governador João Doria.
Ou seja, já se passaram 19 meses (63% do prazo) e o que se vê nos canteiros gerenciados pelo consórcio definitivamente não condiz com o esperado. Enquanto o pátio de manutenção viu apenas obras menores sendo feitas, além da instalação de uma das coberturas metálicas (e que ainda não está finalizada) e fabricação de vigas-guia, as estações somente agora devem receber as coberturas metálicas, não por acaso um dos motivos apontados para o atraso causado pela alta no preço do aço.
A Coesa acabou apontada vencedora da licitação após conseguir desclassificar a rival Constran, que chegou a assinar contrato com o Metrô. Parte do grupo OAS, que mudou seu nome por conta da operação Lava Jato, a construtora foi acusada na época de não ter condições financeiras e técnicas para assumir o projeto já que apresentou como “ativos” valores devidos pela sua controladora.
Após um início lento, a Coesa ganhou o reforço da KPE, também pertecente à OAS, que passou a ser a líder do consórcio, mas nem isso parece ter resolvido a aparente falta de fôlego financeiro do grupo. Indaga-se se não seria o caso de um novo sócio entrar no consórcio para que as obras finalmente ganhem ritmo.
Sugestões de pautas sobre o Metro-SP:
a) falta de banheiros em diversas estações;
b) falta de locais adequados para carga e descarga de passageiros nas vias adjacente às estações para veículos particulares, táxis e ônibus.
Abraços.
Além das obras estarem atrasadas 12 anos ainda recebem indenização por culpa de um aumento em um dedeterminado material. Só aqui nesse país mesmo.