O projeto do Metrô de São Paulo de contemplar todas as estações com portas de plataforma tem se mostrado mais complicado do que sugeria o ex-presidente da companhia, Silvani Pereira. O executivo, que deixou o cargo no começo de janeiro, previa que a instalação das fachadas de segurança avançaria bastante em 2022, com portas implantadas em várias estações da Linha 3-Vermelha.
Agora, no início de março, o panorama não é tão animador. Duas estações, Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda, tiveram as fachadas instaladas, mas as portas não estão funcionando. Elas fazem parte do contrato assinado com a Alstom e que inclui o sistema CBTC, de controle de trens.
Como ocorreu na Linha 1-Azul, foi preciso algum tempo até que os equipamentos entrassem em operação, mas a empresa já tem várias outras estações em funcionamento, portanto, não parece ser algo distante de ocorrer.
Já o contrato com o Consórcio Kobra, que prevê a instalação de 88 fachadas, é o que mais preocupa. Além de acumular atrasos por conta de disputas judiciais, o projeto perdeu ritmo, com apenas uma estação recebendo as fachadas, Belém, e que também não está operando ainda.
Neste ano, a empresa instalou uma das fachadas da estação Bresser-Mooca e agora está em vias de concluir o mesmo processo na segunda plataforma, como divulgou o Metrô nesta segunda-feira, 6.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Segundo a companhia, o trabalho, que envolve a montagem de 31 módulos (dos quais 14 foram colocados), deve ser concluído no próximo fim de semana. Sobre a primeira plataforma, o Metrô afirmou que “No momento, as equipes fazem o lançamento de cabos e conexões elétricas. A próxima etapa será a realização de testes”.
São justamente os testes de sistemas e equipamentos que têm levado muito tempo para liberar as portas para operação e assim garantir maior segurança aos passageiros. Espera-se as dificuldades iniciais acabem superadas em breve e o plano ganhe velocidade já que há muita estações pendentes.