O Metrô de São Paulo registrou em 2024 o maior volume de investimento em projetos de expansão e modernização de sua história.
Ao todo, a companhia aplicou quase R$ 4,3 bilhões (R$ 4.262.993.000,00) em vários empreendimentos, um montante 60% maior do que em 2023, que havia sido seu recorde anterior.
Os números impressionam também porque apenas a Linha 2-Verde consumiu R$ 2,36 bilhões, praticamente o total que havia sido investido no ano retrasado.
A extensão entre Vila Prudente e Penha, com oito estações, teve a destinação de verbas ampliada durante o ano. Antes o Metrô planejava investir R$ 1,85 bilhão, mas passou a prever um orçamento de R$ 2,4 bilhões, o qual foi 98% aplicado.
Não é por menos que o projeto respondeu por 55,4% dos investimentos, um salto de 44% em relação a 2023.
Linha 17-Ouro desencanta
O segundo empreendimento que mais recebeu investimentos foi a Linha 17-Ouro, um monotrilho com oito estações e 6,7 km de extensão na Zona Sul da capital.
Foram aplicados na obra e em sistemas um total de R$ 722,2 milhões, ou 246% mais do que em 2023 (R$ 208,6 milhões). Ainda assim, o projeto viu seu orçamento cair de R$ 1,1 bilhão para R$ 917 milhões, ou seja, no fim ele teve 79% de execução.
Outro monotrilho, a Linha 15-Prata, foi o destino de R$ 662 milhões, alta de 127% em relação há dois anos. O ramal na Zona Leste passa pela expansão nas duas pontas, com três estações em implantação.
Além disso, o Metrô recebeu o primeiro de 19 trens que estão sendo fabricados pela Alstom na China.
Projetos de outras linhas perderam recursos
Curiosamente, os estudos de novas linhas metroviárias viram os investimentos caírem se comparados a 2023. A Linha 19-Celeste, que o Metrô pretende lançar a licitação de obras civis e sistemas neste trimestre, consumiu R$ 42 milhões, mesmo valor orçado. No entanto, há dois anos a companhia havia aplicado no ramal um total de R$ 68,6 milhões.
O item de “projetos da expansão metroviária”, que reúne linhas como 20-Rosa, 22-Marrom e 16-Violeta, teve um total realizado de R$ 66,5 milhões, queda de 26%.
Já as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, que são operadas pela iniciativa privada, mas ainda recebem investimentos do Metrô, receberam quase R$ 79 milhões contra R$ 94 milhões em 2023.
Linha 3-Vermelha cai, portas de plataforma sobem
Entre os projetos de modernização, o destaque foi o contrato de implantação de portas de plataforma.
Segundo o Metrô, foram investidos R$ 88,7 milhões nesses equipamentos, 16% a mais do que orçado para o ano. Comparado a 2023, a companhia expandiu os recursos em 27%. Atualmente, o Consórcio Kobra está instalando as fachadas na Linha 3-Vermelha.
Por falar no ramal, sua modernização foi o projeto que ficou mais aquém do planejado. Em vez de R$ 72 milhões, o Metrô conseguiu aplicar apenas R$ 8,5 milhões (12% do orçado).
Não está claro se nesse quesito está a implantação do sistema CBTC, de controle de trens. O contrato, a cargo da Alstom, segue com atrasos alarmantes e sem previsão de conclusão.
Ano de 2025 pode superar recorde
Com três projetos de grande porte ganhando escala, é bastante provável que 2025 supere os números do ano passado. O Metrô ainda não divulgou dados com o orçamento deste ano, mas a chance do valor superar R$ 5 bilhões é grande.
A Linha 2-Verde está num pico de investimentos, que contará ainda com a fabricação de trens e o início da segunda fase até Guarulhos. A Linha 17, por sua vez, caminha para a conclusão das obras civis e intensificação dos testes com os trens antes da estreia em 2026.
A Linha 15-Prata tem três estações tomando forma além de 18 trens pendentes de entrega.
Caso os contratos para construir a Linha 19-Celeste sejam assinados neste ano, também haverá uma elevação da destinação para esse ramal, embora inicialmente pequena.
Imagina o estado investindo 15Bi por ano em sistemas ferroviários, a logística de SP seria outra realidade.
O que seriam esses investimentos que o Metrô ainda tem pendente nas Linha 4 – Amarela e 5 – Lilás?
Quantos novos quilômetros foram finalizados em 2024?
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