Como esperado, o Metrô publicou neste sábado, 28, o edital de concessão de uso de áreas comerciais da Linha 3-Vermelha.
Os detalhes da licitação só serão conhecidos na segunda-feira, quando os documentos forem disponibilizados, mas o aviso do Diário Oficial antecipa que 16 das 18 estações do ramal serão incluídas no contrato.
As exceções são as estações Brás e Palmeiras-Barra Funda, segundo comunicado enviado pela companhia, que afirma que o projeto envolve uma área total de 4.000 m².
O Metrô receberá uma remuneração mínima mensal de R$ 2,3 milhões pela exploração dos espaços ou 55,7% da receita bruta da concessionária, prevalecendo o que for maior.
Segundo os detalhes do aviso, a empresa que for selecionada terá como responsabilidade “planejar, reformar, modernizar, construir, implantar e gerenciar, incluindo todas as despesas de administração, conservação, manutenção, operação, limpeza e vigilância das áreas comerciais, áreas de apoio aos lojistas, sanitário públicos a serem implantados e bicicletários”.
A sessão pública para recebimento das propostas está marcada para 04 de outubro às 10h no auditório da companhia, no centro de São Paulo.
Receitas não tarifárias
A concessão das áreas comerciais da Linha 3 havia sido antecipada pelo diretor comercial do Metrô, Claudio Ferreira, em evento online. No entanto, apenas com o edital será possível saber a abrangência do projeto, que aproveita áreas disponíveis nas estações para oferta de produtos e serviços.
O Metrô já repassou à iniciativa privada as estações da Linha 2-Verde e da Linha 1-Azul. Resta saber se haverá algo semelhante com a Linha 15-Prata, mas dada a pequena área construída das estações do monotrilho, é pouco provável que exista um potencial suficiente para isso.
Com prejuízos acumulados nos últimos anos, o Metrô tem buscado formas de obter mais receitas não tarifárias, sobretudo na atual gestão.