O Metrô de São Paulo realizará adequações na estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde para comportar o aumento de passageiros que passarão a utilizá-la nos próximos anos. A licitação que contempla essa ampliação foi lançada pela companhia nesta terça-feira, 14, e prevê a instalação de mais escadas rolantes na interligação com a Linha 15-Prata de monotrilho, além de melhorias nas plataformas da Linha 2, que nos próximos anos passarão a receber o fluxo de passageiros da extensão até Penha.
As mudanças surpreendem pelo fato de o projeto da estação e da interligação serem recentes. O prédio de acesso à Linha 15-Prata, por exemplo, possui diversas escadas rolantes e é bastante amplo, porém, sofreu com os problemas de oferta de trens do monotrilho no começo do ano, quando havia um contigente enorme de passageiros se deslocando entre os dois ramais. Segundo o edital da obra, as escadas rolantes serão ampliadas e a escada fixa, substituída por uma estrutura metálica. A companhia também construirá banheiros públicos na área. O mezanino da estação do monotrilho contará ainda com reforço na iluminação, segundo o Metrô.
Numa segunda etapa, a estação da Linha 2-Verde receberá modificações no sistema de ventilação e adequações no acesso da rua Cavour para permitir a instalação de mais quatro escadas rolantes nas plataformas.
Crescimento no fluxo de passageiros
As intervenções programadas em Vila Prudente não foram explicadas nos documentos do Metrô, mas devem ter sido motivadas pela expectativa de crescimento no fluxo de passageiros na estação. Em fevereiro, por exemplo, passaram por ela em média mais de 81 mil usuários por dia, graças à ampliação da Linha 15-Prata, que passou a atender a região de São Mateus. No entanto, esse movimento ainda é pequeno perto da previsão do governo, de que o ramal de monotrilho movimentará diariamente em torno de 400 mil passageiros diariamente – até o mês retrasado, esse volume era de pouco mais de 100 mil pessoas.
Mas não é só. Como se sabe, a Linha 2-Verde acaba de ter as obras de ampliação do trecho entre Vila Prudente e Penha iniciadas. Com oito estações e expectativa de acrescentar mais 377 mil usuários por dia, a extensão fará Vila Prudente passar a operar as duas plataformas ao mesmo tempo, criando novas possibilidades de deslocamento na rede metroferroviária. De quebra, o entorno da estação tem recebido inúmeros empreendimentos residenciais e comerciais nos últimos anos, atraídos pela melhora da mobilidade trazida pela linha de metrô.
Também previsto no edital, a instalação de novos dispositivos de contagem eletrônica de passageiros, similares aos bloqueios, pode envolver a aguardada concessão da Linha 15 para a iniciativa privada – há um ano a Via Mobilidade Linha 15 venceu a licitação, mas uma decisão na Justiça anulou o processo. Da forma como os atuais contadores foram instalados, a futura concessionária poderia receber a tarifa de remuneração por passageiros que acessarão a Linha 2 por meio de entradas da Linha 15, uma distorção cuja solução não havia sido prevista pelo Metrô, de acordo com relatos ouvidos pelo site.
O prazo de execução da obra é de 30 meses com prioridade para a interligação com o monotrilho. A sessão pública de recebimento das propostas está marcada para 24 de junho.
Se forem mantidos os planos de expansão do Metrô / CPTM, esta estação da Linha 15-Prata (Vila Prudente), ela deixara de ser terminal da Linha 2-Verde, sendo apenas uma estação de passagem.
Prolongar as Linha 15-Prata (Vila Prudente) até a estação Ipiranga da CPTM na Linha 10-Turquesa, a única do sistema metrô ferroviário paulista, que possui três linhas e hoje a central se encontra subutilizada o mesmo ocorrendo com a Linha 5-Lilás (Chácara Klabin) a fim de “descongestionar” a Linha 2-Verde tratando-se de uma correção necessária e prioritária, a qual futuramente será uma das linhas mais concorridas de São Paulo, tratando-se de uma solução sensata, que deveram ser providenciadas antes de se iniciar a construção de quaisquer outras novas linhas de forma concomitante!!!
Leoni, o que você acha prioritário está longe de ser prioritário para a sociedade.
Você quer que o estado pare todas as obras para construir uns pedacinhos de linhas em regiões já atendidas pelo metrô?
Discordo, Ivo.
Muito provavelmente a extensão da linha 15 – Prata até a Linha 10 – Turquesa e a Linha 5 – Lilás a linha mencionada da CPTM iria sem sombra de dúvidas impactar na redistribuição do fluxo, facilitando e muito o acesso a região da Zona Sul de São Paulo de quem vem de parte da Zona Leste. Seria, de certa forma, o mesmo que ocorreu com o acréscimo de poucas estações na Linha 5 – Lilás, gerando impacto na Linha 2 – Verde (em especial na estação Consolação), na Linha 9 – Esmeralda e até mesmo na Linha 4 – Amarela.
São poucas estações mas que seriam cruciais de serem feitas para justamente evitar um colapso num futuro breve da Linha 2 – Verde.
Ivo,
Com relação aos trechos propostos as explanações e o entendimento do Lucas são iguais aos meus, portanto não vou repetir, porem gostaria de acrescentar que como usuário da Linha 10-Turquesa que sou, quando tenho que me dirigir ao centro observei que os usuários, inclusive eu preferem utilizar a Linha 2-Verde do que o terminal Brás, ou seja este trecho entre Vila Prudente e Chácara Klabin esta “inchado”.
Outro trecho pós estação Aeroporto Guarulhos a extensão da linha seguiria até os limites da região metropolitana, em Bonsucesso, afinal este é o maior município do Brasil e não tem Trem e nem Metrô, e esta linha está com uma demanda muito baixa 16 mil contra uma capacidade de 120 mil.
No novo plano diretor da CPTM suprime trecho subterrâneo e levará Linha 13-Jade para o centro, seria como tornar-se uma “bifurcação da Linha 12”, com destinos diferentes, pois linhas metro ferroviárias com serviços variados são comuns no exterior e mesmo no Brasil, como no Metrô do Rio, Linhas 1, 2 e 4. Não existe impedimento técnico em operar trens com destinos finais diferentes desde que sejam de bitolas, forma de alimentação e se tenha um sistema de sinalização eficiente como é no caso destas duas linhas.
No meu entendimento a CPTM deveria se focar nas melhorias do trecho entre as Estações Tamanduateí e Lapa, pois engloba TODAS as linhas do sistema Metrô / CPTM, e uma das prioridades seria a construção da Estação Integradora da Estação Água Branca da Linha 6-Laranja.
Em nenhum momento em meus comentários postei que se deva interromper as expansões das linhas incompletas, e sim com os inumeráveis projetos que hoje só estão no papel, como das linhas 14-Onix, 16-Violeta, 19-Celeste e 20-Rosa entre outras, exceto se estas tiverem a participação dos investidores do setor privado.
Quanto ao comentário (acima) do Ivo…
De acordo com o atual plano de metas do METRÔ, até 2024 a L15 deverá operar entre Jacu Pêssego e IPIRANGA (conectada, portanto, à L10 da CPTM). Até meados desta década, a L10 passará a prestar serviços novamente em LUZ, até porque esta estação terá a sua área de integração com o metrô ampliada nesse intervalo de tempo (acredito que ainda está em estudos como ficará a Linha 7 depois disso).
Com isso (L10 em Luz), conforme as projeções (simulações), a demanda em Tamanduateí será reduzida, e Ipiranga se tornará mais atrativa para a Linha 15. Portanto, são obras/ações necessárias e prioritárias sim (no curto prazo inclusive), já definidas pelo METRÔ e pela CPTM, para quando a L2-Verde passar a atender a uma extensão maior (Vila Formosa primeiramente e, pouco tempo depois, Penha).
Quanto à L5-Lilás em Ipiranga, esta expansão já é cogitada com certa prioridade no médio prazo, a fim de trazer um pouco de alívio (extremamente necessário) no futuro para a Linha 2-Verde. No meu entender, essa expansão citada da L5 já deveria ocorrer concomitantemente com a chegada da L2 em Penha, até porque NÃO É PRECISO PARAR NENHUMA OUTRA OBRA para se prolongar as linhas 15 e 5. E para a chegada da L2 em Guarulhos (Dutra), a expansão da L5 após Klabin se torna primordial/prioritária e irrecusável, bem como a construção da Linha 19-Celeste.
O Ivo dizer que nada disso (nem sequer a Linha 15 em Ipiranga e a Linha 10 em Luz) é prioridade no curto prazo me soa como desinformação ou (o mais provável) falta de bom senso e empatia, mesmo porque esses projetos já são tratados como prioridade até pelas Companhias de transporte (sobretudo o METRÔ).
E com esse argumento REFUTADO de que não se leva mais metrô para onde já tem (sem se importar se o que já existe é ou será realmente suficiente ou não para uma região teoricamente atendida), eu só digo: expansão da Linha 2 até onde já tem 2 linhas hoje (L3 e L11) mandou lembranças! Sem contar em Tiquatira, onde terá L12 e L13, e ainda pior em Guarulhos, que já terá a futura Linha 19 para atender. Ou seja, seu argumento não condiz com a realidade atual dos projetos do METRÔ.
Enfim, depois de muito tempo lendo vários comentários do Ivo, parece-me que, para ele, se não trouxer benefício para ele mesmo (ou se o prejuízo de não fazer não cair sobre ele), então não é prioridade. Mas o pior ainda é usar a “sociedade” para justificar o injustificável!!!
Sem mais.
Quanto ao assunto central desta postagem do site, acredito que o ideal seria que essas adequações em Vila Prudente (que era evidente que seriam necessárias) tivessem sido executadas/finalizadas antes mesmo de o monotrilho abrir em São Mateus. Agora vai gerar uma série de transtornos em uma estação mais cheia (e cada vez mais cheia) do que antes, o que, portanto, poderia ter sido minimizado se tivessem aproveitado o tempo em que Vila Prudente (L2) recebia menos de 10 mil passageiros por hora nos horários de pico. Mas… antes tarde do que nunca, não é mesmo?!
Só espero também que as escadas rolantes a mais não sejam instaladas com a intenção de ficarem desligadas ou em velocidade reduzida no futuro em horários de maior movimento (para “garantir a segurança” das pessoas). É necessário adequar a oferta de trens (das linhas 2 e 15) conforme a demanda horária, e facilitar (não dificultar) o deslocamento das pessoas. Dessa forma, todas as escadas rolantes poderão cumprir seu papel, funcionando normalmente (como ocorre, por exemplo, na estação Pinheiros).