O Metrô de São Paulo deverá adquirir um conjunto de itens para divulgação interna e externa da imagem da empresa. As “lembrancinhas” deverão ter custo total de R$ 622 mil, segundo consta no documento licitatório.
Alguns itens são simples aquisições como lápis, canetas, chaveiros e sacolas do tipo “eco-bag” que podem ser reutilizadas.
Entre os itens há também produtos de valor mais significativo como mochilas executivas e power banks cujo preço chega a mais de R$ 100 por unidade.
Os três itens de maior peso no orçamento são:
- 10 mil mochilas saco de nylon: Valor total R$ 90,3 mil
- 10 mil blocos de notas personalizados: Valor total 70,9 mil
- 1 mil canecas térmicas de metal: Valor total de R$ 64,7 mil
Posição do Metrô
Embora ações de marketing sejam comuns em empresas privadas e públicas, a licitação chama a atenção em virtude da crise financeira do Metrô, que tem registrado déficits vultosos em quase todos os meses.
A empresa também tem lançado ações para tornar-se mais eficiente, entre redução de custos em algumas áreas, venda de ativos e até mesmo diminuindo o funcionamento de bilheterias.
O site pediu o posicionamento do Metrô de São Paulo sobre esta licitação. A companhia afirma que, apesar do orçamento, os produtos serão fornecidos sob demanda.
Os itens que serão utilizados deverão ser empregados nas ações de relacionamento como visitas ao CCO, obras e dependências da empresa. Ações de endomarketing (internas) também deverão ser contempladas com os itens.
Veja a nota na íntegra:
“A contratação em questão é na modalidade Ata de Registro de Preço, que homologa um fornecedor e seus produtos para o fornecimento apenas sob demanda. Não necessariamente os produtos serão encomendados ou todo o orçamento utilizado.
Os produtos serão utilizados nas diversas ações de relacionamento que a empresa faz, seja nos programas de visitas abertos à escolas e a toda população no Centro de Controle Operacional (CCO), nas obras ou outras dependências da Companhia, que são realizadas culturalmente desde o início de operação da empresa.
Os itens também poderão ser utilizados em ações de endomarketing, estimulando o engajamento interno dos colaboradores da Companhia, como é feito em diversas grandes empresas.
Por fim, parte dos produtos também serão utilizados em eventos que promovam o intercâmbio e a troca de conhecimento e boas práticas entre empresas e instituições do setor metroferroviário, tais como, visitas representativas de colaboradores do Metrô que participam de congressos e reuniões ou na recepção de representantes de organizações do setor nas dependências da Companhia Metrô.”
Seria legal se as empresas de transporte público de São Paulo fizessem concursos de design para essas lembrancinhas, acho que existe um potencial de venda maior para esse tipo de produto.
“Lembrancinhas” de uma importante e competente empresa estatal que, pela vontade privatista e entreguista do atual “desgovernador”, o Farcísio, logo deixará de existir. Nunca no Brasil o termo suvenir foi empregue no sentido mais forte da palavra de origem francesa: memória. Memória invocamos quando já não há mais presente o objeto de nossa reflexão. Pois bem. Não nos surpreenderemos quando tais apetrechos estiverem à venda a preço de ouro nas páginas de colecionismo do eBay.