Atrasada por conta de um processo judicial, a instalação do novo sistema de monitoramento eletrônico (SME3) do Metrô de São Paulo passou a funcionar na Linha 3-Vermelha nesta segunda-feira, 21. São 18 estações e dois pátios de manutenção integrados à rede.
Composto por 1.381 câmeras inteligentes, o sistema digital substitui os equipamentos analágicos até então utilizados, oferecendo uma qualidade de imagem muito superior, além de análise por software capaz de identificar situações de risco como pessoas caídas na plataforma ou invasão em áreas restritas.
O sistema também será capaz de notar crianças desacompanhadas e pessoas em atitudes suspeitas, dois problemas que antes dependiam apenas a ação presencial de funcionários. Ainda segundo o governo do estado, o Metrô acertou um convênio com a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Segurança Pública para integrar os bancos de dados a fim de localizar pessoas perdidas ou procuradas pela Justiça.
É justamente esse ponto que gerou críticas de entidades de direitos humanos, que consideram as câmeras invasivas, o que o governo nega, afirmando respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados.
Linhas 1 e 2 terão o sistema entre 2023 e 2024
O contrato acertado pelo Metrô prevê uma rede com 5.088 câmeras digitais, mas apenas em três linhas – além da Linha 3 também as linhas 2 e 3 terão o recurso. De acordo com a empres, as estações Alto do Ipiranga, Sumaré e Vila Madalena já começaram a receber os equipamentos neste mês e a meta é concluir a instalação em outubro de 2023. Já a Linha 1-Azul terá o trabalho executado entre março de 2023 e abril de 2024.
No comunicado enviado à imprensa, o Metrô cita a Linha 15-Prata, porém, o governador Rodrigo Garcia afirmou em entrevista que o ramal de monotrilho não está incluído no projeto, por conta da indefinição sobre sua concessão à iniciativa privada – a concorrência acabou anulada pela Justiça após vitória da ViaMobilidade.