O Metrô intimou o Consórcio Monotrilho Integração, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida e Scomi, a pagar um valor de R$ 200 milhões como ressarcimento a não entrega dos serviços e equipamentos do contrato de construção e implantação da Linha 17-Ouro.
A quantia terá de ser atualizada com juros moratórios calculados entre o pagamento pelo Metrô e sua efetiva devolução, diz a nota da companhia. O consórcio havia sido contratado em 2010 por um valor original de R$ 1,4 bilhão para implantar o ramal de monotrilho de cerca de 17 km, mas foi afastado pelo Metrô em 2019 após seguidos atrasos.
Segundo relatório de empreendimentos do Metrô divulgado meses atrás, o Monotrilho Integração chegou a receber R$ 658 milhões pela execução do contrato até maio de 2019, ou seja, o ressarcimento equivaleria a 30% do valor pago à empresa.
Embora não deixe claro na intimação, o Metrô cita a Scomi, fabricante da Malásia que deveria ter entregue 14 trens de monotrilho e sistemas associados como portas de plataforma, telecomunicações, aparelhos de mudança de via e sinalização CBTC. No entanto, a empresa faliu anos atrás sem ter praticamente avançado com o escopo do projeto, exceto por alguns vagões não terminados.
O Metrô deu cinco dias de prazo para que o consórcio faça sua defesa prévia além de acesso aos documentos.
Longa briga na Justiça
A cobrança do Metrô, embora justificada pelo não cumprimento de cláusulas do contrato nove anos após sua assinatura, dificilmente deve resultar na devolução aos cofres públicos da valor solicitado. O motivo é que a companhia e o consórcio Monotrilho Integração já discutem obrigações desse projeto há anos sem que haja uma decisão definitiva na Justiça.
O Metrô, inclusive, tentou cobrar R$ 88 milhões das empresas além de torná-las inidôneas, mas a Andrade Gutierrez conseguiu uma decisão que a excluiu parcialmente de algumas sanções.
Ao mesmo tempo, as duas partes se acusam mutuamente sobre o fracasso da implantação do projeto. Enquanto o Metrô cobrou a execução do projeto por vários anos, o Monotrilho Integração acusou a companhia de reduzir o escopo do ramal ao suspender as fases 2 e 3, que levariam a Linha 17 até as conexões com a Linha 4 em São Paulo-Morumbi e Linha 1 em Jabaquara.
Diante da perspectiva de que o intimação de ressarcimento vá terminar na Justiça é de se imaginar, infelizmente, que os mais de R$ 200 milhões permanecerão por muito tempo longe do caixa do Metrô.
Esta linha 17 não está passando de um grande embroglio desde o fura-fila.
fura-fila? bebeu? o que a linha 17 tem a ver com o fura-fila? Nao está confundindo com a linha 15?
É que o fura-fila (atual expresso Tiradentes) também foi uma obra bem enrolada. A linha 15 até que foi concluída em tempo. Ele não tá se confiundindo, quem deve ter se confundido é você.
Bem, você que errou. Saiba o que foi o projeto e implantação do Fura-Fila e saberá que este foi muito problemático como a atual linha 17, então o comentário a cima possui associação correta,
CORRETO Gabriel!
Não estou enganado, sugiro ao Cláudio voltar para escola e frequentar as aulas de língua portuguesa para aprender interpretação de texto.
E aproveite e faça uma estudada em história também, para entender o que foi o projeto fracassado do fura-fila!
Eu nunca vi uma obra tao enrolada quanto essa linha 17.
Mal planejada, um traçado esquisito e pouca demanda. Mto dinheiro pra pouco retorno