Metrô planeja aprimorar sistema elétrico na subestação São Judas

Novo sistema permitirá coletar eletricidade da frenagem regenerativa dos trens mesmo que o terceiro trilho não esteja receptivo. Medida pode gerar economia de energia
Subestação São Judas deve ganhar incrementos (Jean Carlos)

O Metrô pretende modernizar a subestação elétrica São Judas da Linha 1-Azul inserindo novos sistemas capazes de aproveitar a energia dos trens mesmo com o sistema não estando receptivo.

Para compreender as melhorias é necessário se aprofundar um pouco no sistema de alimentação elétrico do metrô e a dinâmica de energia durante a movimentação dos trens.

Trens utilizam geram energia com frenagem regenerativa (Jean Carlos)

A energia dentro da Linha 1-Azul é captada por subestações e distribuída internamente por linhas de 22kVca para subestações internas do Metrô que realizam a redução dos valores de tensão para 750 Vcc. Outra parte da energia é remetida para a alimentação de estações.

Ao todo 21 subestações alimentam com energia os trens da Linha 1-Azul que captam a corrente de um terceiro trilho na lateral dos truques por meio de sapatas coletoras.

Para trens usarem a frenagem regenerativa a rede precisa estar receptiva (Jean Carlos)

Os trens possuem a capacidade de, quando estão realizando a desaceleração, utilizarem a frenagem regenerativa. Neste processo o motor dos trens atua como um gerador e devolve a energia ao trecho caso o terceiro trilho esteja apto a receber energia (receptiva). Caso contrário a energia é dissipada através de resistores.

A subestação São Judas, alvo da melhoria, conta com três sistema de retificadores e transformadores com potência de 2500kW. Um quarto transformador faria parte do chamado grupo recuperador, mas atualmente o mesmo encontra-se desativado.

Diagrama da Subestação São Judas atual (CMSP)

Para aprimorar o sistema de energia, o Metrô pretende substituir o sistema inativo por novo equipamento composto de um inversor capaz de utilizar a energia da frenagem regenerativa mesmo quando a linha não estiver receptiva.

O novo sistema será composto de um inversor IGBT conectado ao barramento de 750Vcc que será remetido a um transformador de potência ligado a linha de 22kVca.

Diagrama da Subestação São Judas proposto (CMSP)

Em suma, com este novo sistema o Metrô conseguirá potencializar a recuperação de energia e reaproveitá-la para demais sistemas gerando economia de recursos. As propostas para esta licitação deverão ser entregues no dia 24 de novembro.

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