Segundo uma publicação desta sexta-feira, 15 de março, no Diário Oficial do Estado, o Metrô de São Paulo prorrogou o prazo com empresas ligadas à construção da Linha 17-Ouro, o Consórcio TIDP, formado pelas empresas Tiisa e DP Barros. A validade do processo agora vai até 10 de janeiro de 2020 e envolve a construção de parte das estações da linha.
O fato se soma a uma série de outros que acabaram por postergar diversas vezes a abertura comercial do monotrilho que ligará o Aeroporto de Congonhas até a estação Morumbi, na Linha 9-Esmeralda da CPTM.
Segundo recente previsão de representantes do governo estadual, o meio de transporte de média capacidade deverá ser inaugurado em 2020, ou seja, oito ano depois de iniciadas as construções. Recentemente o vice-governador Rodrigo Garcia, em entrevista à rádio Jovem Pan, prometeu a linha para até o final do ano que vem.
As obras são de responsabilidade do Consórcio Monotrilho Integração, formado pelas empresas CR Almeida, Andrade Gutierrez, MPE e a Scomi, esta que por sua vez deverá ser substituída pela chinesa BYD, que ficará responsável pelo material rodante.
O grupo de empresas, no entanto, tem problemas para executar os trabalhos. Em fevereiro, durante entrevista a blogueiros e sites especializados no setor, contando com a presença do Metrô/CPTM, o presidente do Metrô, Silvani Alves Pereira, disse estudar alternativas para conclusão do monotrilho:
“Estamos tomando algumas decisões para que seja retomada de forma segura. Existe um consórcio que está cuidando de todo o processo de construção de via, material rodante, sinalização e que não está conseguindo executar o que foi pactuado. A decisão já é, caso o consórcio não solucionar nos próximos dez dias, abrir um processo de licitação daquilo que falta até o final do mês de março. Tem um edital para a contratação de todos os serviços e agilizar a entrega da linha 17” – afirmou Silvani.
Diante de tantas incertezas, é difícil crer que o prazo de 2020 seja factível, no entanto. Significaria concluir boa parte de um pátio imenso, estações, mas o mais complexo, instalar sistemas e testar os trens de monotrilho em tempo recorde. Mas sem nem se sabe quem fabricará essas composições imaginar que elas possam se materializar em meses é ser muito otimista ou ingênuo.