O leilão de cessão de áreas comerciais em 19 das 23 estações da Linha 1-Azul do Metrô teve um resultado bem melhor do que esperado. A licitação teve a sessão pública realizada nesta quarta-feira, 28, e contou com a participação de três grupos, Atlântica Construções Comércio e Serviços, GPEX Conveninência e Consórcio RZK Concessões.
A proposta de maior valor atingiu R$ 12,5 milhões, obtida após lances entre os participantes e vencida pela Atlântica. No entanto, o resultado foi contestado pelas demais concorrentes por conta de interpretações diferentes do regulamento.
O Consórcio RZK, que chegou a oferecer R$ 9,2 milhões na quarta rodada de lances, afirmou em ata que poderia ter feito uma proposta de R$ 12,8 milhões, mas salientou que “compreendeu, em consulta a comissão, que poderia retornar ao final da negociação para a oferta da proposta final, de valor superior”.
O grupo afirmou que pretende entrar com recurso contra o resultado final. Já o GPEX contestou o fato de que a “parcela fixa inicial da Concessão seria preservada até o encerramento da fase de negociação, portanto entendemos que o valor deveria ser revelado ao término da fase de negociação”.
Valor superior ao obtido na Linha 2-Verde
Após a fase de lances, o Metrô recebeu os documentos da habilitação da Atlântica e irá analisar conteúdo para então decidir se homologará o resultado.
O leilão dos espaços comerciais na Linha 1-Azul surpreenderam porque, além de envolverem uma área menor que na Linha 2 (1.200 m² contra 1.400 m²), também estão localizados de forma irregular nas 19 estações.
Ainda assim, caso a Atlântica seja de fato apontada como vencedora, o Metrô arrecadará quase R$ 2 milhões a mais de outorga inicial em relação ao contrato com a Ductus, além é claro da participação mensal na concessão.
Diante das contas bastante abaldas pela crise financeira e sanitária, qualquer real a mais vale para ajudar a companhia a reverter seu enorme prejuízo.