Metrô relança licitação de “naming rights” da estação Penha

Concessão de renomeação parcial do nome da estação havia sido vencida pela empresa DSM no ano passado, que pode ter desistido do contrato
Estação Penha (iTechdrones)

O Metrô de São Paulo voltará a ofercer a concessão de renomeação parcial da estação Penha, da Linha 3-Vermelha. A companhia publicou nesta quinta-feira, 14, a nova licitação de “naming rights” da parada, cujo edital será disponibilizado a partir do dia 19 de abril – a sessão de recebimento de propostas ocorrerá no dia 19 de maio.

O anúncio causa surpresa já que a estação Penha foi concedida para a empresa DSM – Digital Sports Multimedia no ano passado. Única participante dos leilões de naming rights,  ela arrematou os direitos de renomeação por R$ 102 mil de valor de mensalidade por um período de 10 anos.

Em tese, a DSM deveria ter repassado os naming rights para anunciantes que teriam interesse em associar sua marca com a estação da Linha 3 assim como fez com  Carrão, vendido para a Assaí Atacadista, e Saúde, assumido pela Ultrafarma.

Segundo apuramos, a DSM não teria reunido os requisitos necessários para homologar o contrato, o que permitiu ao Metrô relançar a licitação.

Ainda assim, a decisão causa estranheza pelo fato de que outras três estações leiloadas no ano passado – Anhangabaú, Brigadeiro e Consolação – não tiveram nenhum interessado ou então receberam propostas bastante modestas da mesma DSM.

Estação Saúde-Ultrafarma recebe nova comunicação visual (Jean Carlos)

O lançamento dos “naming rights” das estações pelo Metrô tem se mostrado um projeto bastante questionável já que a expectativa era de uma receita acessória bastante volumosa para compensar as mudanças na comunicação visual e sonora do sistema. A companhia já havia dito que pretende limitar a ação a apenas dez estações com maior potencial.

Nesse sentido, o projeto da CPTM de tornar suas estações sustentáveis mediante o patrocínio de empresas como os bancos Santander e Bradesco tem se mostrado mais inteligente ao reduzir custos para a companhia ao mesmo tempo em que traz benefícios aos passageiros sem a necessidade de associar marcas à denominação das estações. Uma iniciativa desse tipo poderia ocorrer em qualquer parada da rede sem torná-las imensos “outdoors” como Saúde e Carrão.

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  1. Sou totalmente contra essa mudança no nome das estações. Podiam muito bem vender todos os espaços publicitários pra empresa divulgar seus produtos, mas sem alterar a identidade.

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