Além dos erros de planejamento, a Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo tem sido ‘premiada’ com contratos com empresas que não conseguem ou não querem entregar o serviço assumido em seus contratos.
A lista de fracassos relacionados ao projeto é imensa e inclui grandes construtoras como Andrade Gutierrez, CR Almeida, OAS (de onde surgiram a Coesa e a KPE), TIISA, passando por fabricantes como Scomi e Toshiba, e nomes problemáticos como o famoso Isolux Corsan.
O grupo poderia ser maior, no entanto, caso o emblemático consórcio Signalling tivesse de fato assumido o contrato de sistemas da Linha 17, que envolve a fabricação de 14 trens de monotrilho. Formado pelas empresas T’Trans, Bom Sinal e Molinari, o consórcio brigou na Justiça para ficar com o projeto, mas acabou derrotado e hoje a chinesa BYD executa o serviço.
Nesse meio tempo, as companhias pertencentes ao empresário Sidnei Piva de Jesus, que ficou em evidência após a derrocada do grupo Itapemirim, acabaram perecendo. A T’Trans, por sinal, deveria ter concluído o contrato de fornecimento do sistema de telecomunicações da Linha 17, mas sem cumprir o prometido, teve o contrato rescindido unilateralmente pelo Metrô.
Agora o Metrô relançou a licitação para fornecer o sistema de telecomunicações do ramal de monotrilho. O edital foi publicado nesta quarta-feira, 29, e teve a sessão de entrega de propostas marcada para 7 de junho.
O projeto tem um escopo amplo e importante para a operação do ramal. Ele envolve os sistemas de multimídia, de controle de acesso, arrecadação de passageiros, comunicação móvel e fixa e rede de transmissão de dados.
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Vale lembrar que é justamente esse conjunto que é alvo de críticas na Linha 15-Prata, que alguns funcionários e o Sindicato dos Metroviários apontam como incapaz de funcionar como esperado.
O prazo de execução do projeto é de 24 meses, o que dá a medida do atraso da implantação da Linha 17-Ouro. Como um vencedor só deverá assinar o contrato no segundo semestre, a conclusão, se não houver atrasos, ocorrerá por volta do final de 2025.
Oferta aos concorrentes da licitação de obras civis
A situação da Linha 17-Ouro permanece bastante indefinida. Dos contratos importantes, apenas o de sistemas (trens e sistemas acessórios) parece estar correndo a contento, mas ele depende de outros avanços para não atrasar. O Metrô também recontratou a empresa que fornecerá o sistema de alimentação elétrica do ramal, mas há muito a fazer antes que exista o fornecimento de energia para as vias.
O maior gargalo, como se sabe, são as obras civis remanescentes. Após a rescisão de contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (Coesa e KPE), que está em andamento, o Metrô estaria consultando outros participantes da licitação de 2019. Um deles é a Carioca Engenharia, que ficou em 5º lugar no certame.
Se tiver sucesso, o Metrô pode em tese reiniciar as obras em 2023, mas será preciso algum tempo até que etapas importantes sejam concluídas.
Qualquer empresa que se envolve com a L17 ou fica a beira da falência ou afunda de vez. Logo ninguém mais vai querer mexer nessa obra.
Se um dia for concluída,o que eu duvido, acho que nem vou estar vivo mais!
Isso não acaba antes de 2030.