O Metrô de São Paulo publicou no Diário Oficial neste sábado (04) a rescisão de mais um contrato com a construtora espanhola Isolux Corsán. Desta vez, a empresa foi afastada do projeto que previa a construção e implantação da subestação elétrica da Linha 17-Ouro.
Contratada no início de 2014 por R$ 198,6 milhões, a Isolux deveria construir a ligação da linha de monotrilho à subestação primária Bandeirantes da Linha 5, necessária para fornecer energia elétrica para funcionamento dos trens e sistemas. Segundo o Metrô, a construtora recebeu 2% do contrato (cerca de R$ 4 milhões), praxe após a assinatura, porém, não cumpriu o cronograma, que previa a entrega em agosto do ano passado. Houve até um aditivo em 2015, mas nada ocorreu.
Agora, o Metrô deve chamar a segunda colocada na licitação, a japonesa Toshiba – o prazo original da obra era de 21 meses. Como a obra como um todo está bastante atrasada e só deve necessitar de fornecimento de energia em 2019 é provável que o serviço não piore ainda mais o cronograma.
Linha 4
A Isolux Corsán ficou conhecida há dois anos após abandonar as obras da segunda fase da Linha 4-Amarela. Vencedora da licitação por um valor bastante inferior ao de outras concorrentes, a construtora entregou apenas uma das cinco estações que tinha contratada. As imagens de funcionários jogando cartas em seus canteiros ficaram famosas e até hoje a linha segue atrasada por conta do imbróglio.
O grupo espanhol, aliás, tem criado problemas para o governo em quase todos os contratos. No Rodoanel Norte, onde é sócia da Mendes Junior no Lote 1, as obras estão bastante atrasadas sem que haja um motivo claro sobre isso.