À primeira vista soa como um retrocesso, mas a retirada de quatro das seis esteiras existentes no túnel que liga as estações Consolação e Paulista, programada para ocorrer a partir desta quinta-feira (15), feriado da Proclamação da República, tem a objetivo de melhorar os deslocamentos dos passageiros que passam pela interligação das linhas 2-Verde e 4-Amarela.
A obra (que foi antecipada em primeira mão pelo blog Ferroviando em 31 de outubro) deverá ser realizada até o dia 20, feriado da Consciência Negra, mas no dia seguinte o espaço já estará disponível para os usuários reconfigurado. O túnel não ficará fechado durante esse período.
Segundo o Metrô, o tempo para percorrer os cerca de 170 metros entre as duas estações cairá de quase 9 minutos para 5 minutos no pico da tarde. Hoje o fluxo de passageiros acaba represado pela presença das três fileiras de esteiras, sobrecarregando o corredor estreito entre elas. Após a retirada dos equipamentos apenas uma fileira de duas esteiras permanecerá à direita de quem segue da estação Paulista (Linha Amarela) para a Consolação (Linha Verde).
Os benefícios esperados pelas empresas estão uma distribuição mais uniforme dos passageiros e também a possibilidade de ampliar o número de trens em circulação na Linha 2. De acordo com o Metrô, as esteiras retiradas serão reinstaladas no ano que vem na estação Clínicas, vizinha do maior complexo hospitalar do país.
Nova realidade na rede metroferroviária
As mudanças na ligação entre as linhas 2 e 4 já fazem parte dos reflexos da série de inaugurações de estações ocorrida nos últimos 14 meses. Com três novas paradas na Linha 4 e a ligação da Linha 5 com as linhas 1 e 2, além do monotrilho e da linha do aeroporto, os deslocamentos dos usuários na rede metroferroviária paulista estão se alterando a cada dia, à medida que as pessoas descobrem novos e melhores caminhos pelos trilhos.
Apesar disso, o projeto de abrir um novo túnel entre Paulista e Consolação deve ocorrer num futuro breve. Embora ele seja implantado após a área das esteiras, sua construção é importante para organizar o fluxo de passageiros dentro da área operada pela concessionária ViaQuatro.
Além das mudanças em Consolação e Clínicas, os usuários da Linha 2 também terão novidades no ano que vem na estação Vila Madalena. O Metrô deu início ao reforço da plataforma para a instalação das portas de plataforma, parte do projeto de implantação do sistema de sinalização CBTC, que está prestes a receber sua versão final.
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Boa noite, Ricardo.
Gostaria de saber o que podemos esperar referente a questão da mobilidade urbana sobre trilhos na gestão João Dória Jr. Quais serão as prioridades desse governo? e na sua opinião o que podemos esperar por ser uma pessoa que conhece sobre o tema? Parabéns pelo seu site acompanho toda semana se tem alguma novidade.
Uma esteira a direita de quem desce para a estação paulista. O que vai acontecer é que a maior parte das pessoas vão se aglomerar na entrada da esteira fechando assim a maior parte da passagem do túnel consequentemente represando o fluxo na plataforma. O problema dessas esteiras é que as pessoas param sobre ela para ler, jogar vídeo game no celular, namorar, bater papo, etc, em vez de continuar andando e agilizar o processo de transferência. Pode até ser que essa mudança traga benefícios mas ainda contamos em boa parte com o fator humano. Se as pessoas não mudarem a atitude pode abrir túnel, pode tirar esteira e problema continuará, talvez em uma escala menor, mas continuara.
As dificuldades para o usuário, ou seja, tirar as esteiras e tornar mais difícil o trajeto, são para já. As vantagens, que já são abstratas, ou seja, “pode ser” que aumente o número de trens (para mim desnecessário, já é muito bom), e o novo túnel que será construído “em breve”, o que parece até irônico pois foi anunciado há mais de um ano, enfim, as vantagens são para quem sabe um dia desses. Achei o tom da matéria bem chapa branca, ao contrário do que leio aqui em geral, parecia defesa dessas discutíveis decisões do metrô que vão claramente piorar a vida do usuário daquela passagem que já nasceu infame, quase vergonhosa. Um projeto de engenharia de quinta categoria que parece que não tem autores e cujo sofrimento cotidiano imposto a centenas de milhares ficou por isso mesmo. Aliás a principal defesa desse desastre era que inaugurada a linha 5 acabaria a marcha dos pinguins. Diminuiu, mas absolutamente não acabou. Está lá, firme. E agora vão tirar as esteiras. E nada de concreto sobre o novo túnel. O em breve já de dois anos não convence ninguém.